Especial
As novas músicas da Império Alviverde — Entrevista exclusiva com diretores da organizada
A torcida coxa-branca tem fundamental importância no desempenho do Coritiba durante essa temporada. Até então, foram 12 jogos disputados no Couto Pereira e a equipe conquistou oito vitórias e quatro empates, representando um aproveitamento de 66,66% dos pontos. No Brasileirão, o Coxa segue com 100% de aproveitamento, vencendo todas as partidas.
Tendo em vista a boa relação entre time e torcida, a Império Alviverde, principal torcida organizada do Coritiba, resolveu inovar os cantos que saem da arquibancada lançando dois novos neste mês de maio. Todo o processo de criação envolve diversas dificuldades, desde a parte criativa de letra e ritmo até chegar às arquibancadas e toda a torcida aprender as novas músicas. Com isso, entrevistamos os diretores da Império Alviverde para relatar esse procedimento.
O processo começou no ano passado, quando a Império deu oportunidade ao restante da torcida para participar desse processo de criação, abrindo um canal via e-mail para que os torcedores pudessem enviar suas sugestões e ideias. O Renan, conhecido como Fone, ritmista e diretor de bateria, explicou como ocorreu o procedimento:
“Formamos um grupo com os atuais e ex-diretores de Bateria, alguns outros integrantes pontuais e temos avaliado todas as sugestões e possibilidades, criando, alterando e lançando músicas novas para a torcida… O foco tem sido em músicas de apoio, que enalteçam a história e tradição do nosso Coritiba, além da força da nossa torcida.”
Além das duas músicas que já foram divulgadas, serão lançadas mais três no decorrer deste ano.
A maior dificuldade quando os cantos são divulgados é trazer para o estádio e aplicar o que foi feito no ensaio, pois boa parte da torcida não esta presente e ainda não aprendeu os cantos.
“A maior dificuldade a meu ver é a noção rítmica e melódica da torcida no geral. Noção de velocidade no canto e nas palmas são coisas que não podemos fazer vista grossa. Temos que persistir na correta execução para chegar mais perto o possível do ideal. Saber o momento certo do jogo também para cantar uma música nova é primordial, isso vai contar muito no sucesso dela, ou não.” Conclui Fone.
Todos que frequentam o Couto Pereira sabem da importância e da grande festa que a bateria da Império faz durante os jogos. Dentro deste aspecto de novos cantos, o Dan, diretor de bateria, explica como funcionam os ensaios e adaptação de ritmos para as músicas que serão lançadas.
“Sempre pedimos para que quando são enviadas as sugestões, o ritmo e referência também esteja incluso, para poder adaptar e facilitar o processo. A bateria tem sua própria característica e essência, o samba, e sempre tentamos fazer essa adaptação, mas também respeitando a melodia da música.”
A coreografia também é algo fundamental para as músicas, movimentação com os braços e o que o restante da torcida deve fazer influenciam na festa como um todo.
“A gente tomou cuidado para que as duas músicas recém lançadas não ficassem parecidas nessa questão da coreografia, até porque pegamos de inspiração o ritmo das torcidas de Portugal, que tem essa característica Ultras. A primeira tem esse estilo com os braços, parecido com “Vamos,vamos meu verdão” mas dentro do ritmo da música e marcando compasso, em ritmo mais lento. A segunda ainda não foi definida, mas sempre que chegam músicas novas logo pensamos o que encaixaria melhor e se adequaria ao ritmo da música.” Finaliza Dan.