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Vice-presidente, Glenn Stenger, explica sobre a importância da aprovação da SAF para o Coritiba
Em entrevista à Rede Coxa, Glenn tira algumas dúvidas sobre esse novo modelo
No próximo dia 23 de dezembro, ocorrerá a Assembleia Geral de Sócios do Coritiba para a votação da implantação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no clube. Com a data se aproximando e com algumas dúvidas por parte dos torcedores Alviverdes sobre o assunto, o vice-presidente do Coritiba, Glenn Stenger, concedeu à Rede Coxa uma entrevista referente ao assunto e tirou dúvidas sobre modo de implantação, modelo e questões financeiras do clube para os próximos anos. Veja abaixo a entrevista na íntegra do vice-presidente do Coritiba.
+ Veja mais aqui: “SAF: carta branca para a diretoria?”
SAF – O que é e o modelo que será utilizado
Rede Coxa – O que é a SAF?
Glenn Stenger – A SAF é a Sociedade Anônima do Futebol. Ela nos é permitida hoje por uma lei de poucos meses, mas foi criada em 2019 [A SAF é um Projeto de Lei de 2019 e que foi sancionado em agosto de 2021]. Essa lei permite que os clubes de futebol tenham uma nova modelagem, uma nova roupagem. Principalmente aos departamentos de futebol do clube.
Há uma confusão muito grande das pessoas que, por vezes não tem esse entendimento aprofundado, de achar que é uma transformação do clube para uma nova empresa, mas não é isso.
A SAF vai permitir que o clube, que hoje tem algumas condições, tenha algumas outras condições que são mais apropriadas ao momento, a forma de administração atual e as condições que o mercado propicia para os clubes. Tem as situações que hoje são extremamente vantajosas, nós temos as situações que são as mesmas e que hoje já estão sendo trabalhadas no clube e temos as situações que precisam ser analisadas se serão vantajosas ao clube na sequência para que, tão logo, a gente consiga transformar um braço do clube na SAF.
Rede Coxa – Coritiba em si, não visa transformar o clube por completo em uma SAF. A proposta da diretoria Alviverde é constituir uma SAF apenas para gerir o departamento de futebol. Qual o modelo que o Coritiba pretende adotar?
Glenn Stenger – Existem algumas formas de implementar essa Sociedade. Uma das modalidades é a transformação por completo do clube na SAF, eu adianto ao torcedor que essa modalidade não será colocada no Coritiba Foot Ball Club. Inclusive no parecer da Comissão Legislativa do nosso conselho deliberativo já fala que não há essa possibilidade e em momento algum o conselho aprovou que isso ocorra. Essa modalidade realmente transforma todo o clube em uma Sociedade Anônima e aí os torcedores poderiam até ficar preocupados se poderia mudar o símbolo, cor, estádio, etc. Aí o clube como um todo passaria às mãos de um investidor que deteria os direitos por todo o ativo intangível do clube da forma que ele bem entende. Não. Não será esse o modelo adotado. Ponto final. Coloquemos uma pedra em cima desse assunto. Nós adotaremos um modelo em que teremos um braço do Coritiba transformado numa SAF e esse braço fará a administração e a gestão de todo e qualquer assunto referente ao futebol. O clube permanece totalmente preservado. O futebol é tratado via SAF, transfere-se os direitos de campeonato para esse setor e tudo que for de receita e despesa referente ao futebol ingressa nessa Sociedade Anônima.
Obviamente que 99% das receitas são referentes ao futebol, então tudo ficará por lá e as despesas também serão geradas lá na SAF. Há uma série de situações que nos permitem sermos muito enfáticos que nos levam a crer que se não houver a SAF, se não conseguirmos ter o futebol apartado do clube, nós não teremos um futuro promissor no Coritiba. E não apenas no Coritiba, nos restantes dos clubes que possuem o modelo anterior de gestão também. Precisamos entender que não foi uma lei criada para o Coritiba, foi uma lei criada para que o futebol brasileiro pudesse ser trabalhada de uma maneira diferente e ter algumas alternativas que nenhuma lei propiciava aos clubes de futebol.
Rede Coxa – Como funcionaria, com esse novo modelo, os processos de atos trabalhistas e de outros setores que já estamos sofrendo?
Glenn Stenger – Essa questão é mais ampla. Vou falar primeiro sobre o ato trabalhista.
O ato trabalhista foi uma excelente conquista que o Coritiba teve, porque até o momento X as ações trabalhistas que aconteceram estão ali inclusas. Por que eu digo foi? Porque as ações trabalhistas que vieram ‘pós’ não estão inclusas no ato, e aí o que acontece? Já fizemos algumas solicitações na justiça do trabalho aqui na capital e muito dificilmente a gente vai conseguir incluir essas novas ações nesses atos trabalhistas. (…) O clube fica inviável, porque não temos receitas necessárias para cobrir tudo que nós temos de despesas advindas do ato trabalhista. Nos últimos 35 dias nós tivemos o ingresso de aproximadamente R$20 milhões em novas execuções, não há dinheiro em caixa e não há como pagar essas execuções. E tem mais pra chegar com valores pesados, eu diria que dá até pra dobrar esse numero de maneira fácil.
O torcedor tem que entender o seguinte: dinheiro não se produz. Se o clube tiver que pagar as execuções trabalhistas, não tem dinheiro algum pro futebol. Não há como pagar futebol, jogador não recebe, jogador não joga, jogador não tem título, gera novas ações trabalhistas… é um ciclo totalmente vicioso.
O ato trabalhista que nós tivemos foi uma conquista muito bacana do clube, mas ele é limitado. Está em dia e totalmente paga até então.
Quando falamos em SAF precisamos desmistificar a ideia que temos de SAF, falando de uma forma bem simplória nós temos a visão de que teremos um investidor estrangeiro que queira comprar nossas ações.
Esse passo de abrir as ações para que sejam vendidas e algum investidor querer aportar no clube está muito distante. A SAF é vital para que? O primeiro passo é a tratativa da dívida. Se nós não ingressarmos na SAF o clube padece em pouco tempo, porque não há como o Coritiba pagar a dívida que tem. Deixando claro que essa dívida é do Coritiba. Não é do presidente Samir, não é do presidente Bacelar, não é do presidente Vilson, enfim. É passível que vem se acumulando há décadas, não é passível de uma gestão, digo isso para que a gente não trate isso como algo político. E essa dívida tem estourado.
A primeira e talvez a principal necessidade que nós temos para que a SAF seja implantada da forma mais rápida possível e que possamos tratar a dívida. Sem a SAF não há uma modulagem possível para que possamos tratar a dívida, esse é o primeiro passo.
O segundo passo é a implantação de métodos e processos de governança corporativa. Se fará um estatuto da SAF que deverá ser aprovado pelo conselho do clube. Além da implantação de uma governança deliberativa, também adquirir um método de compliance, políticas atualizadas de administração, métodos de controles, auditorias, colocação de diretoria que não é estatutária, que serão responsabilizados civil e criminalmente por todos os atos que eles tiverem. Hoje, nenhuma diretoria de clube pode ser responsabilizada pelos atos errôneos que vier a cometer. A SAF em um segundo momento precisa implantar todo um método de governança deliberativa necessária, porque aí sim vem o investidor. O investidor vai reparar se a dívida está colacionada, se a empresa tem os métodos de governança corporativa necessários para qualquer corporação desse porte implantadas e funcionando, aí sim ele irá investir. Não virá nenhum milionário a colocar dinheiro no dia 01 de janeiro de 2022. Esse é um processo longo que requer toda a tratativa.
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Rede Coxa – A questão estatutária da SAF seria através de conselho ou seria através de mais uma Assembleia entre os sócios?
Glenn Stenger – É um assunto a ser discutido no próprio conselho, porque o conselho tem autonomia. Eu julgo que seria importante que todo o quadro associativo fizesse a validação deste estatuto, essa é uma opinião minha. Mas o conselho deliberativo pode fazê-lo.
Rede Coxa – O Coritiba é viável em 2022/2023 se não for aprovada a SAF?
Glenn Stenger – Não. O Coritiba não é viável. O Coritiba enquanto clube se inviabiliza devido ao passivo que carrega por décadas e que se tornou insustentável.
Rede Coxa – Como as ações serão abertas ao clube? O Coritiba poderá virar um clube de dono?
Glenn Stenger – Então, em um primeiro momento, o que acontece. 100% das ações são destinadas à associação, ao clube. O clube é totalmente detentor da SAF no primeiro momento. Depois de constituído o estatuto da SAF, será ali definido: qual o percentual de ações que estará disponível para uma eventual compra e também a forma com que as ações serão comercializadas. Isso estará no estatuto da SAF. É uma bobagem muito grande dizer que o clube terá dono, até porque nós não faremos a conversão total do clube em uma SAF. Ai eu teria muito medo. Porque se você converte o clube inteiro, quem vem adquirir as cotas do clube, faz o que quer e o que não quer, porque realmente é o dono do clube. No caso proposto, a SAF ser um ‘braço’ do clube e somente tocar o futebol, não há como ter um dono. É óbvio que o investidor sempre irá querer, quando houver um investidor – novamente eu falo: isso é um passo que vai ‘lá pra frente’ depois que passarmos pela estruturação da dívida e pela governança corporativa, vai querer colocar dentro do clube, isso é muito bom, os melhores atletas possíveis, porque o investidor não vem pelos ‘lindos olhos’ do coritiba. Ele quer ganhar dinheiro. Ele vai colocar os melhores atletas possíveis dentro do clube, para que esses atletas rendem dentro do clube e rentabilizar o investimento que ele fez. Pode ser em cima do investimento, pode ser em cima dos atletas colocados no clube. Abra-se a um leque de possibilidades. O Investimento só será possível se tivermos fonte de captação externa.
Rede Coxa – Existe um planejamento de 15 anos citado na durante a campanha para a eleição em 2019, o planejamento segue?
Glenn Stenger – Todo planejamento sempre possui suas alterações e suas correções de rota. Nós falamos e eu lembro disso. (…) Nós temos, aliás, tínhamos na época uma ideia que pro´ximo de 10 anos nós conseguiríamos chegar perto de um breaking point, alguma coisa que tivéssemos um fluxo de caixa mais aceitável no clube. Porque aí poderíamos bancar todos os nossos jogadores de forma mais adequada, sem fazer muitos sacrifícios como foi neste último ano. Falo em 10 anos. A coisa mudou. Porque a coisa mudou, a coisa mudou porque nesse ano de 2021 que passamos agora, essa lei foi aprovada. Nós não tínhamos essa lei quando conversamos lá atrás. Nós não tínhamos nada disso. Óbvio que o planejamento mudou agora. Porque você ter 10 anos, até mais anos, nesse período de ausência total de recursos que te impossibilitem até de investir no power business do clube, que é o futebol. Porque você esperar até lá, se ‘você’ hoje, ainda ciente que podemos ter um insucesso, as coisas podem mudar e a gente não alcançar os resultados apresentados no planejamento, e não aproveitarmos hoje, a lei que nos permite. Eu já falei isso, mas vou frisar, não foi uma lei feita para o Coritiba, foi uma lei feita para que os clubes do brasil pudessem captar recursos, desde que se adequem a todos os processos e consigam investir no próprio mercado brasileiro de futebol.
Rede Coxa – A questão tributária ainda gera muitas dúvidas, pois há diferenças em questões de curto e longo prazo, para o Coritiba, essa questão tributária assusta ou é prejudicial para o clube?
Glenn Stenger – Essa lei, ela demorou de 2019 até 2021, justamente pela questão tributária, é o melhor cenário que se tem hoje. (…) Se houver um processo de governança, se houver um processo que você projete exatamente o que você vai ganhar, o quanto você tem que reter de tributos por tudo aquilo que você ganhar e você ser responsabilizado civil e criminalmente por tudo aquilo que você recebeu e, eventualmente, não pagou, eu prefiro, eu ‘clube’, prefiro de forma absoluta em um regime quadrado pagando os impostos em dias, que no primeiro bastante benéficos ao clube, e no segundo momento serão elevados, serão tratados como uma empresa normal. E se a gente entender que essa empresa, essa SAF, também precisa além do resultado esportivo precisa dar resultado financeiro, em nada assusta. Porque se dá resultado financeiro, temos que ser tributados e pagar resultados tributados.
Rede Coxa – Quando se fala sobre carta branca, não se fala sobre a SAF em si, mas sim sobre a forma como o clube colocou em votação na Assembleia geral, até agora não foi apresentada uma constituição e será votada no futuro. Você enxerga a SAF como uma carta branca para a diretoria?
Glenn Stenger – É. É uma carta branca. Porque, esse é um processo que não nos permite idas e voltas. E nós temos um processo bastante moroso. (…) Eu acho que essa afirmação tem um caráter meio que político, inclusive e explico o porquê. Ela é tão rasa que, hoje, qualquer presidente do Coritiba já tem essa carta branca e pior: não é responsabilizado pelo que faz, não pode ser responsabilizado. O que acontece é o seguinte: se qualquer diretor ou presidente aqui do Coritiba, cometer um ato que lese o clube, um contrato com jogador, um exemplo hipotético para ajudar o torcedor: Se o presidente Juarez fizer um contrato um jogador, por cinco anos, um milhão por mês e não pagar nenhum salário dele, o clube vai ficar com um passivo na ordem de R$60 milhões. O Presidente Juarez traria um encargo pro clube de R$60 e não seria responsabilizado por tal(…) é uma carta branca para que nós possamos fazer para o clube, a melhor tratativa dentro dos prazos necessários e da melhor tratativa que é apresentada no momento. Essa carta branca que as pessoas usam, qualquer dirigente hoje tem essa carta branca. Nós não seremos irresponsáveis nunca de fazer qualquer situação, como essa absurda que eu citei, nunca, nunca. Mas se o clube continuar pelo mesmo processo de gestão, essa carta branca já existe.
Rede Coxa – O orçamento dos próximos dois anos, ele fica alterado com a aprovação da SAF?
Glenn Stenger – Veja que o orçamento já foi aprovado para o próximo ano, sem contar com a SAF, imaginamos que iremos aprová-la no dia 23 de dezembro, mas ainda não temos (aprovação). O orçamento é um tópico bastante bacana para que nós falemos sobre. Eu fui informado, não sei se é 100% verídica ou não, eu espero que seja. O orçamento do Flamengo para o ano de 2022, será próximo a R$1 bilhão. O orçamento do Coritiba, para futebol, será de R$50 milhões, algo em torno de 5% do que o Flamengo irá dispor para o futebol no ano de 2022. Não preciso dizer para os senhores que é muito difícil de competir. Qual outra alternativa resta de captação de recursos, se não for a SAF? Não tem. Não há. E de novo eu falo: não será no início de 2022 que o clube terá um investidor, uma fonte de captação de recursos, não há. Há todo um processo, todo um ritual que tem de ser seguido, mas se não dermos o primeiro passo, não implantamos a SAF, até a possibilidade de continuarmos com ela. Não há outra fonte de captação de recursos.
[Glenn complementa resposta] – Ainda citando exemplos brasileiros.
Não é o nosso caso [Bragantino], porque lá houve a conversão total do clube. Até por “não ter torcida [grande e expressiva]”, não ter as nossas lindas cores, eles podem fazer a venda dos ativos dele a qualquer momento. Mas quando houve injeção de capital no bragantino, o que aconteceu? (…) Repito, não é o nosso modelo, porque eles podem converter o clube inteiro, lá o clube tem dono. Mas eles teriam [Bragantino], alguma outra fonte de captação de recursos se não fosse daí?
Rede Coxa – Existe a informação que o Coritiba terá circulando R$100 milhões em todo o ano, sendo que metade vai para passivos trabalhistas. Podemos dizer que o Coritiba aumentará, caso seja aprovado a SAF, esse orçamento para 2022?
Glenn Stenger – A tratativa das dívidas é fator preponderante para que você tenha um pouco mais de recursos no seu caixa, se você não tiver a tratativa das dívidas pagas no primeiro momento, eu vou ter que tirar do meu caixa, caixa de curto prazo, para pagar as dívidas do clube. Então, é óbvio que nós teremos mais um pouco de recursos sim, se nós conseguirmos fazer a tratativa das dívidas um pouco antes.
Rede Coxa – Falamos em R$50 milhões de orçamento, se falamos em R$40 milhões de execuções, o Coritiba ficaria com R$10 milhões ou esse valor está previsto dentro daquilo que é o planejamento do clube? Como as dívidas trabalhistas acabam por interferir no modelo da SAF?
Glenn Stenger – [Existem processos para serem resolvidos e executados] Podem ser amanhã, pode ser daqui a dois meses, eu não tenho essa previsibilidade de quando essa execução entrará. Eu não tenho como saber. Mas que ela entrará, ela entrará. Nessa semana, houve três ingressos de execuções, não são esses valores citados [R$40 a R$60 milhões], mas as três juntas representam R$2.8 milhões.
Glenn Stenger – [Segunda resposta] – É muito difícil você trazer esse fluxo de caixa para a definição presente, sem saber a definição completa. Eu não gostaria de mensurar o percentual do que eu conseguiria trabalhar de maneira diferente da tratativa da dívida. Até porque eu não tenho nem SAF ainda. Mas se nós conseguirmos, haverá sim uma redução que eu não quero colocar um percentual que eu não tenho como me comprometer com ele. Mas se houver uma redução do percentual dos pagamentos que eu tenho que fazer, eu vou investir onde? Eu, o clube, vou investir no futebol.
Estatuto da associação, o que mudará?
Veja, aqui é uma situação que eu não posso interfereir de maneira alguma porque são poderes diferentes. O poder legislativo do clube compete ao poder deliberativo. Eu sei que há uma proposta de revisão do estatuto proposta pelo conselho deliberativo, essa proposta está em analise em alguma comissão do deliberativo e passará pelo mesmo processo de validação de uma Assembleia Geral. Agora se a Doutora [Carol Pastorio, entrevistadora da Rede Coxa] me perguntar: o que o conselho deliberativo vai colocar ou não vai colcoar nessa proposta de alteração estatutária? Eu não posso enquanto conselho deliberativo intervir. A SAF foi diferente porque a proposta de abertura e aprovação, partiu do conselho administrativo. Então, haverá sim a reforma estatutária, ela está na comissão de analise, gerida pelo presidente Jamil. Mas se eu falar agora para a Doutora: qual é, o estágio que está e qual alteração que aocntecerão, eu estarei sendo raso porque não tenho domínio deste tema.
Caso seja aprovada, quando seria instituída.
Já nos primeiro dias de 2022, nós daremos o pontapé inicial no processo operacional. Toda uma documentação, constituição do estatuto, a montagem de um comitê que irá montar o estatuto. Hoje, inclusive, no dia 10 de dezembro, dia da entrevista, nós tivemos mais uma, acredito que seja a nona ou a décima reunião deste comitê que está trabalhando todos os tópicos referente a execução deste estatuto. Como eu disse, não temos a definição exata do modelo, mas isso não impede que temos as diretrizes do plano A e do plano B, quando a exata noção para qual modelo nós iremos trabalhar e novamente falo, não é o mdelo de conversão total do clube em SAF. Eu repito para que fique claro, o clube não será convertido totalmente em SAF. (…) O coritba não será um bragantino. Nossa linda bandeira não será mudada, nós seremos sempre verde e branco, nosso hino será o mesmo, isso nunca será alterado.
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Carta aberta ao torcedor;
No entendimento da diretoria do Coritiba, não há outra alternativa do clube para o momento atual, que não seja ingressarmos e ingressarmos no nicio do processo, até porque “quem chega na frente, bebe água limpa”, quando formos na hora de capitarmos investidores, talvez nós sejamos os primeiros ou talvez estejamos na primeira leva e isso é muito imporatneea para esse momento. É tão claro para nós que isso é a única solução, a única tratativa da divida do coritiba, é a SAF. E é muito claro para nós que a única forma que nós teremos para viabilizar recursos e possamos investir em futebol, será pela SAF. Não há no modelo hoje, e aqui naão falo do Coritiba, falo de qualquer clube do Brasil, a possibilidade de se obter recursos de boa escala para investir no produto, no futebol. Então, para a diretoria do Coritiba Foot-Ball Club, nós temos a certeza que é vital a aprovação, e apartir dessa aprovação, nós tenhamos os desdobramentos necessários. (…) A diretoria do Coritiba vê a SAF apenas como plano A e não tem plano B e não temos plano C.