Opinião
Lembranças de 2007
Coluna do Luiz Neto
Noite, frio, chuva torrencial e vento. Couto Pereira quase vazio, poucas almas, todas agasalhadas, acobertadas pelo concreto do estádio. Coritiba perdendo, fazendo pressão. Gramado molhado, encharcado. Poças de água e futebol prejudicado.
Seria uma noite para ser esquecida, mas os Deuses do futebol queriam algo a mais. Coritiba X Ponte preta, em 24 de julho de 2007, acabou se tornando uma das mais emblemáticas festas que o Estádio Major Antônio Couto Pereira já viu. Muitos juram de pés juntos que estavam lá, mas a verdade é que pouco mais de 5 mil pessoas presenciaram aquela festa incrível após os gols de Henrique e Keirrison.
Não foi um jogo espetacular. Foi uma virada espetacular. Mas a emoção sentida naquele jogo foi única, impagável. O time alvinegro abriu o placar logo aos 11 minutos do primeiro tempo e o placar assim permaneceram até os 36 passados da segunda etapa. O que aconteceu depois é história.
Poucos são os momentos de insanidade que nossas vidas presenciam e, essa é uma noite a ser lembrada. O Coritiba se manteve no G4, mas aquela virada representava mais que um jogo. Representava a tão falada Alma Guerreira, não apenas do clube, mas de sua torcida.
No frio, na chuva, nas poças de água; pulamos como nunca, cantamos como nunca e comemoramos uma simples vitória como se fosse um título nacional. Confesso, não lembro o motivo de tanta euforia, mas lembro do sentimento. Lembro do tênis ensopado, das roupas encharcadas e do sorriso de um irmão que o Coritiba me deu ao gritar Vamos Subir Coxa mesmo sabendo que no dia seguinte estaria gripado.
Sábado novamente encaramos a Ponte Preta em um jogo de Série B. Não será no Couto e não será no Frio, mas eu torço muito para que os presentes e os jogadores encarnem o espírito alviverde que apresentamos no confronto do Couto em 2007.
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Foto: Coritiba