Opinião
"Meninos mimados não podem reger a nação"
É quinta-feira, passa da meia-noite. O Coritiba me tira o sono, mas isso está longe de ser uma novidade pra mim. Quem nasceu a partir dos anos 90 e é doente por esse clube deveria ter uma assessoria psicológica mensal fornecida aos sócios. Obviamente, isso não passa de uma ironia.
Estamos presenciando a pior diretoria da história desse centenário vovô verde e branco. Em meados de 2017, quando topei acreditar no projeto Coritiba do Futuro, vivíamos, até então, a bagunça regida por Bacellar. Rogério e seus vices, desde os que abandonaram o barco no começo da gestão até os que terminaram, eram incompetentes e tinham plena noção disso. O que vivemos hoje é além da incompetência, e até me dei a liberdade de parafrasear Criolo no título dessa coluna, pois se encaixa muito bem. Samir e sua trupe são mimados. Mimados e ruins. Péssimos.
Humildade de assumir erros é uma virtude dos grandes humanos, mas logo de começo presenciamos Sandro Forner passando vergonha no fraco Campeonato Paranaense de 2018, classificando-se aos trancos e barrancos contra o poderoso Parnahyba na Copa do Brasil e, logo após, satisfeitos pela eliminação pro Goiás na terceira fase. Todo mundo enxergava que o Sandro e Augusto Oliveira não tinham “costas largas” para aguentar trazer o clube para a primeira divisão. Todo mundo enxergava, menos Samir Namur. O tempo passou e também passaram Eduardo Baptista, Tcheco e Argel Fucks. A fórmula do desastre estava instaurada e o resultado daquela temporada todos já sabemos.
O ano seguinte começou e os erros se repetiram: técnico jovem, sem prestígio algum e com a missão de nos levar à elite. Novamente, passamos muito perto de falharmos, exceto por um certo membro do G5 tomar a frente, passar por cima das decisões do “rei do acesso” Rodrigo Pastana e fechar com o técnico Jorginho. É importante frisar que, apesar da Coritiba do Futuro ter sido eleita e cinco candidatos terem assumido seus postos no Conselho Administrativo, a promessa de campanha de união dos membros não se aplica. Eduardo Bastos cumpre bem seu papel jurídico, mas não tem voz para decisões no futebol. Baggio é o homem das finanças e não sabemos de muita coisa além disso. Aníbal e Samir são uma pessoa só e Jorge Durao é o lobo soltário do bom senso.
O fato é que ninguém está livre das críticas, afinal, o projeto futurístico é uma obra dos cinco e dos outros 160 conselheiros que compuseram a chapa. Também é dos sócios que se ausentaram no dia da votação e que comprometeram o resultado.
Hoje, o Coritiba é regido por Rodrigo Pastana, aquele que se diz competente após conseguir subir na ÚLTIMA RODADA DA FRAQUÍSSIMA SÉRIE B 2019, mas que saiu chutado de TODOS clubes pelos quais passou. Pastana é o maior dos mimados e não podemos deixar que ele nos leve novamente à Série B do futebol brasileiro.
Não temos suprimentos para aguentar mais uma queda. A revolução tem que ser de todos e pra ontem. No dia 31 de dezembro, Samir sai e volta para a posição de torcedor de onde nunca deveria ter saído, mas onde ele deixará o Coritiba? Não temos tempo. FORA, PASTANA!