Treecorp caiu na real?

O torcedor do Coritiba não tem um dia de paz!

Nesta semana, repercutiu muito entre os torcedores a notícia de que a Treecorp iniciou um movimento para atrair investidores internacionais para o fundo que adquiriu 90% da SAF do COXA.

Como o termômetro da torcida é regulado quase que exclusivamente pelo desempenho esportivo, não precisa nem dizer que notícias assim, potencializadas pela mídia sensacionalista local, inflamam ainda mais as mágoas e frustrações dos últimos anos.

Mas calma, podem ficar tranquilos (ironia)!

Este é um movimento natural do mercado de investimentos, ainda mais quando sabemos que a Treecorp é, na sua essência, uma gestora de recursos e que agora tem o COXA no seu portfólio.

Eles já fizeram o roadshow nacional e, provavelmente, já sentiram do mercado nacional o interesse ou não no Coritiba. Um provável retorno que não deve ter sido interessante é que a queda a série B afetou os planos construídos. Não sabemos quanto, mas é inevitável que afetou. Ou seja, vender agora no mercado nacional pode não ser interessante.

Outros pontos-chave que quem sabe poderiam ser esclarecidos para a torcida em algum momento:

• o valuation diminuiu com a queda?
• os riscos do compromisso assumido pela Treecorp aumentaram com isso?
• com a queda, a captação no mercado nacional está realmente em baixa?
• A Treecorp obteve sucesso no roadshow nacional?
• Futebol não é o negócio deles, erraram e precisam aprender rápido
• Nessa busca no exterior é fundamental que venham parceiros investidores com expertise no futebol;

A saída pelo mercado internacional foi uma grande engenhosidade para acelerar e manter o projeto inicial. Provavelmente já estaria no radar este movimento, o que não sabemos é quanto foi antecipado e, se foi antecipado, pelo interesse genuíno de um potencial investidor lá de fora, como foi noticiado, ou se por uma necessidade da Treecorp em garantir seus interesses/objetivos.

O conceito de SAF é novo no Brasil, e a profissionalização do setor também virá com maior transparência dos investidores juntos a nós, torcedores.

Para nós, torcedores, são apenas mais dúvidas e receios especulativos e emocionados, mas aí cada um no seu papel. E o nosso papel nós temos feito desde 1909.

Gustavo Comeli