Kaio César

Base

Confira entrevista exclusiva com Kaio César, joia da base do Coritiba que assinou contrato profissional com o clube

Depois da conquista da Copa do Brasil sub-20, os piás do Couto ganharam destaque dentro do clube e no futebol nacional. Garotos como Luizão, Ruan Lucas e Pedro Arthur assinaram o primeiro contrato profissional com o Coritiba nesta temporada, e na semana passada, o extremo de 17 anos, Kaio César, também assinou com o Alviverde.

O garoto que passou pela base do Sport entrou em sete partidas na campanha invicta do Coxa pela Copa do Brasil, também participou de jogos do Brasileirão de Aspirantes e segue conquistando espaço entre as principais promessas da equipe. Em entrevista exclusiva à Rede Coxa, Kaio César falou sobre os planos para o futuro e a identificação com o Coritiba, confira abaixo.

Conheça Kaio César

Conte um pouco sobre a sua trajetória, e qual o papel do Coritiba na sua vida?

Jogo bola desde meus seis anos. Fui para o Sport de Recife aos 13, e passei um ano e meio. Depois fui dispensado, porque falaram que eu não tinha tamanho e força para jogar futebol. Lembro que naquele momento fiquei bem abalado, mas aos poucos consegui virar a página e focar em outro clube e no meu sonho. Passei dois meses em Maceió treinando num clube chamado Agrimaq, e de lá eu vim para o Coxa fazer a minha avaliação.

Aqui eu fui muito bem recebido, e passei, Graças a Deus. Cheguei no Coritiba há três anos e estou aqui até hoje, muito feliz. Hoje já tenho uma identificação muito forte com o clube, claro. Sou Coxa-Branca, aprendi a amar esse clube que me recebeu tão bem. Hoje sempre digo que meu sangue é verde. 

Como é seu estilo de jogo? E como você acredita que pode contribuir para a equipe?

Na grande parte da Copa do Brasil eu joguei de extremo, e a minha característica é velocidade, é o drible, é propor o jogo, fazer o jogo andar rápido, entrar na área e fazer gol. Eu faço o extremo, sou ponta de velocidade. É como eu me sinto mais confortável e sinto que posso contribuir para a equipe.

Um passo de cada vez

Agora que assinou seu primeiro contrato profissional, quais os próximos objetivos de Kaio César na carreira?

Claro que quero estrear no profissional. Mas minha meta, agora, é concentrar no sub-20. Quando me chamarem para o elenco principal, eu vou dar tudo de mim e quero estar preparado. Mas antes é preciso trabalhar, amadurecer e treinar muito, para que quando minha hora chegar eu consiga agarrar a chance e dar muitas alegrias para a torcida Coxa-Branca. Mas, agora, o foco continua no sub-20, ainda tenho 17 anos, então um passo de cada vez.

E depois? Qual o seu maior objetivo da carreira? Se pudesse escolher um clube no mundo para jogar, qual seria?

Primeiro, quero jogar no Coxa, fazer uma carreira legal aqui  e retribuir tudo o que o clube fez por mim. E depois que conquistar meus objetivos aqui… todo garoto sonha em jogar na Europa, né. Eu gostaria de jogar no PSG. Mas meu foco, primeiro, é o nosso clube. É dar muitas alegrias para a nação Coxa-Branca.

E os jogadores mais experientes ajudam a galera da base? Oferecem apoio e acompanham o sub-20?

Quando a gente sobe para treinar sempre tem aqueles caras que nos ajudam, geralmente são os mais experientes, né? O Henrique, Willian Farias, o Romário, o Rafinha, eles sempre dão esse suporte para a gente. O Alex também, ele já acompanhou alguns treinos nossos no passado e nos ajudava nos treinos, dava dicas para bater falta. Claro que a gente não acertava como ele, mas ele nos ajudava bastante.

Base valorizada

E o que mudou na base do Coritiba nesse último ano para que vocês fossem campeões da Copa do Brasil? Houve uma mudança de mentalidade no elenco? Foi a troca de gestão?

Nesse ano acredito que passaram a dar mais visibilidade para a base. Deram mais confiança para a gente. Antes era mais difícil subirem garotos da base [para o time principal], e agora já é normal, acontece direto. Isso dá uma motivação, saber que estamos sendo observados e que podemos chegar lá também. Isso foi muito bom. Mas a comissão continua a mesma, o trabalho nos treinos continua o mesmo, e o que mudou foi a visibilidade para a base, foi essa energia.

A boa fase do Coxa na Série B também motiva a base? 

Claro. Fica um clima leve no vestiário, e a gente sente, né. As categorias de base vivem o momento, da mesma forma que sentimos no ano passado. Mas agora o clima é bom, é alegre, tem aquela resenha com os jogadores, troca de informação com o time principal. É o resultado do bom trabalho.

Honrar a memória do Follador também é motivação para os piás?

Sim. Depois que o Follador partiu, ficou um clima muito triste. A gente sentiu muito a morte do nosso presidente. Mas isso sempre foi uma motivação para nós: quando ele estava internado, jogamos por ele. E agora, como o Clube todo já falou, se Deus quiser nós vamos subir por ele, porque ele foi um grande líder.


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