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Caso Jadson, entenda o que aconteceu
A pedido da torcida, fomos até as fontes para tentar entender o que aconteceu na negociação entre Coritiba e Jadson. Na noite de ontem, 4 de março, ligamos para o empresário Marcelo Robalinho, que nos atendeu e conversou conosco por aproximadamente 15 minutos. O Contato com Rodrigo Pastana, foi mais breve.
Confira abaixo como foi nossa conversa com o empresário e com o cartola Coxa Branca.
A versão de Robalinho
De acordo com o empresário, o Coritiba procurou o Jadson logo após a detecção da lesão do meia Giovanni, chegando a um acordo salarial onde o Corinthians pagaria 2/3 do salário do atleta e o Coritiba arcaria com o 1/3 restante, sem nada referente a produtividade.
E seguida, segundo Robalinho, Pastana pediu a rescisão de Jadson no Corinthians. Tudo acertado e Robalinho encaminhou um termo para que o Coritiba garantisse ao Jadson o emprego após a rescisão com o Corinthians. De acordo com o empresário, a meta era ter Jadson no no Coxa para o jogo contra o Manaus, mas, Pastana não assinou, alegando problemas de caixa, já sabidos pela torcida. A ideia era vender Yan Couto antes de assinar com Jadson. Robalinho então preferiu segurar a rescisão com o Corinthians. Jadson já estava em Curitiba.
Após esses acontecimentos, Marcelo Robalinho e Yan Couto viajaram para Manchester para decretar a venda do jovem lateral da base Coxa. Paralelamente, Rodrigo Pastana teria ligado para Robalinho. “Pode rescindir com o Corinthians, minha palavra vale mais que um contrato”.
Robalinho e Yan Couto voltaram para o Brasil em uma sexta feira e, segundo o empresário, ele e Pastana conversaram via telefone. Nesse período Rodrigo Pastana estava de licença do clube, por motivos de nascimento do filho e pediu para agendar uma reunião com Robalinho na segunda feira, duas semanas antes do carnaval. A reunião aconteceu e Pastana pediu mais tempo para explicar a operação para o presidente Samir Namur. Robalinho não gostou, questionando o motivo, afinal, se antes o problema era financeiro, naquele momento já não era mais, afinal a venda de Yan Couto já havia sido concluída. Dois dias depois o Coritiba jogaria contra o Manaus. Robalinho pediu que Jadson voltasse para São Paulo.
Quinta feira, uma dia após a eliminação da Copa do Brasil, Pastana informou Robalinho que o Coritiba não poderia fazer negócio com Jadson.
Perguntamos também se houve negociação por contrato de produtividade. Segundo o empresário, em nenhum momento o Coritiba falou em contrato por produtividade.
“Se o Coritiba tivesse ofertado um contrato por produtividade, eu chegaria no Corinthians e falaria que o Coxa pode pagar um terço, eles arcariam com os outros dois terços e o que viesse de produtividade seria um bônus para o jogador.”
Questionamos o empresário sobre comissão para a negociação. O empresário confirmou que pediu a comissão de 10% mensais em relação ao salário do jogador. “Se o jogador ganha 10 mil, eu ganho mil por mês”. A comissão também estaria inclusa no termo que o empresário encaminhou a Rodrigo Pastana.
Outro assunto abordado pela reportagem foi o contrato de Yan Couto e se a venda também teria comissão para o empresário. Robalinho preferiu não comentar. “Em relação ao Yan, eu vou me pronunciar na hora certa, eu dei um prazo para o Coritiba e se eles não cumprirem terei que colocar tudo as claras”. O empresário afirmou ter montando um dossiê sobre o caso. A Rede Coxa desconhece os motivos.
A versão de Rodrigo Pastana
Procurado pela reportagem, Rodrigo Pastana não quis se pronunciar. O Coritiba, através de sua assessoria de imprensa, soltou a seguinte nota.
“A negociação entre CORITIBA e Jadson não teve absolutamente nada de anormal. Apenas não terminou com a contratação do atletas, como tantas outras tratativas que são corriqueiras no futebol. O Coritiba não concordou com os valores pedidos (inclusive a comissão do agente) e fez contraproposta, que não foi aceita”.