Divulgação/Coritiba

Opinião

22 gols levados em 14 rodadas; 12 sofridos nos últimos 6 jogos

Com um saldo negativo de 6 gols, o Coritiba amarga a pior sequência do ano, são quatro derrotas seguidas e seis jogos sem vencer no campeonato. Dor de cabeça que acende um sinal de alerta na torcida e no time.

Desde a saída por lesão de Andrey, o Coxa teve a sua frente uma série de jogos muito difíceis, e o time não soube superar a baixa do volante. Dos sete jogos disputados foram 1 vitória, 2 empates e 4 derrotas, o que deixou o Coritiba a apenas um ponto da zona de rebaixamento.

+ Tudo sobre o Coritiba, aqui na Rede Coxa!

Vitória em casa contra o Botafogo

Além do volante Andrey, Warley, Egídio e Alef Manga desfalcaram o time para o confronto contra o alvinegro carioca. O Coxa teve muita dificuldade para vencer o Botafogo. A falta de criação obrigou a defesa a trabalhar dobrado, e o apoio da torcida foi essencial para a vitória pelo placar magro de 1×0.

Empate fora contra o Ceará

Na rodada seguinte, o desafio voltou a ser fora de casa, e agora, contra o Ceará, o time teve que mostrar de novo a capacidade de reação após sair atrás no placar. A jogada do gol do Mendoza teve início em um chutão que partiu do campo de defesa. O jogador aproveitou a falta de velocidade do zagueiro Henrique, partiu em direção a área e mandou pras redes. O Coxa pressionou o Ceará e conseguiu empatar com Adrián Martínez no segundo tempo.

São Paulo e Palmeiras em casa

Sequência de dois jogos complicados dentro de casa, São Paulo e Palmeiras. O empate contra o São Paulo veio depois de Reinaldo aproveitar o espaço criado pela defesa do Coritiba, para fazer o cruzamento para Calleri, que completou para o gol. Manga empatou no rebote da cobrança de falta na barreira.

Contra o Palmeiras já era de se esperar que o jogo não seria fácil. Pensando nisso, Morínigo colocou em campo um sistema mais robusto, com 3 zagueiros, 2 laterais, 2 volantes e 3 atacantes. O primeiro gol, sem falhas do Coritiba, mérito total do atacante Dudu que acertou um feliz chute de fora da área. No segundo gol, também foi maior o mérito do Palmeiras que falha do Coxa. Morínigo precisou colocar o time pra frente, para buscar o empate, e com isso, desmontou o sistema defensivo para ir com mais força para cima do alviverde paulista, que após contra-ataque rápido fechou o placar de 2×0.

No geral não foram jogos ruins. Os adversários eram fortes, candidatos ao título, e o Coritiba conseguiu jogar de certa forma bem, até mesmo de igual para igual contra eles.

Vexame fora contra o Bragantino

Contra o Red Bull Bragantino, pela 12ª rodada do Brasileirão, deu tudo errado. O ataque levou pouco perigo na primeira etapa, com Régis pouco inspirado no meio de campo, o Coritiba não conseguia criar boas oportunidades, o que mudou no segundo tempo com a entrada de Robinho. Mas, a sorte nos deixou de lado, Robinho saiu lesionado e o Coxa voltou a atacar com menos efetividade.

Logo no início do jogo, Muralha falhou e deixou a bola passar após cobrança de falta do Bragantino. Aos 33’ minutos, um lance de muita infelicidade no segundo gol do Bragantino. Artur recebeu livre na direita, aproveitou o espaço deixado pela defesa, invadiu a área e bateu pro gol, a bola desviou em Guillermo e tirou Muralha da jogada. O terceiro veio após uma falha no meio de campo, onde o Coritiba perdeu a bola para Yohan, que foi ganhando espaço no campo de ataque, tabelou com Sorriso dentro da área e mandou pro gol, mais uma vez a zaga deu espaço e não deu combate. No último gol do Bragantino, Natan subiu mais alto que todo mundo e mandou de cabeça pra dentro.

AthleTIBA em casa

No clássico, o maior problema foi a falta de efetividade do ataque. O Coritiba teve mais posse de bola, teve mais chutes a gol, chegou com perigo muito mais que o Athletico e dominou o jogo. A ansiedade de marcar um gol e a falta de calma na hora de finalizar contra a meta defendida pelo adversário, fez com que o time acumulasse 24 chutes a gol e 12 escanteios. E aqui eu cito minha mãe, que sempre diz aquele ditado do futebol, “quem não faz, toma”, e como sempre, ela nunca está errada. A discussão se foi ou não pênalti não muda nada, mas a bronca fica para o árbitro, que deixou de verificar o último lance no VAR.

Em linhas gerais, o Coxa não jogou mal contra o Athletico. Willian Farias e Matheus Alexandre jogaram muito bem, Léo Gamalho entrou no final do segundo tempo e ajudou a fazer pressão na defesa rubro negra. O que faltou realmente para o ataque, foi converter as oportunidades criadas em gols.

Desastre em Porto Alegre

E aqui chegamos ao jogo de ontem(24/06), contra o Internacional. Onde mais uma vez por erros individuais, o Coritiba deixou o adversário chegar aos gols. No primeiro gol, a defesa deixa muito espaço na lateral, Pedro Henrique domina e passa sem dificuldade por Biro, já dentro da área a marcação fica mais difícil, qualquer decisão errada resulta num pênalti ou, como aconteceu, em um passe dentro da pequena área onde Taison aproveitou livre para marcar.

No segundo gol, Edenílson apareceu livre e aproveitou o espaço para arrematar a bola, mérito maior do volante que falha da defesa. Entretanto, no terceiro gol do jogo, Henrique deixa de marcar o Alemão e vai dar combate em Edenílson, que já estava sendo acompanhado por Willian Farias. O zagueiro do Coritiba bate de frente com Farias, os dois saem da jogada, e a bola sobra limpa para Alemão mandar pro gol.

Em resumo

Dos 12 gols tomados nos últimos jogos, apenas 4 não tiveram grande influência por falhas individuais. 8 gols poderiam ter sido evitados se não fossem os erros particulares de cada jogador. Algo comum em todos esses gols, é a quantidade de espaço que os laterais do Coritiba oferecem ao adversário, outro ponto é a baixa velocidade de nosso sistema defensivo, vendo as jogadas dos gols de Mendoza, contra o Ceará e de Rony, contra o Palmeiras, isso fica claro.

Para solucionar esse problema, o Coxa precisa de zagueiros titulares mais rápidos, quem sabe a dupla Márcio Silva e Guillermo possa vir a ser uma boa opção, além disso, abrir os laterais e descompactar a defesa pode diminuir o espaço oferecido aos pontas e atacantes adversários. No ataque a solução é ter mais calma, esperar meio segundo a mais antes de finalizar, ter um pouco mais de frieza e capricho que o gol vai sair.

+ Siga a Rede Coxa no Twitter!

+ Siga a Rede Coxa no Instagram!

Tags

Comentários

  • Nelson Luiz Lorusso

    Não podemos tomar tantos gols assim, precisamos de zagueiro mais rápido. Mas a marcação tem que ter a responsabilidade de toda a equipe.

  • Juliano

    Sai o Henrique e deixa o Guilhermo. Sai o Biro e deixa o Diego, também Natanael deve voltar. Sai Manga que já deu e deixa o Hugo. Assim acho que vamos mudar a tabela.

  • Fiora Neto

    Estão fazendo tempestade em copo de água, o Coritiba tem um time limitado, mas é o que se tem para hoje, essa é a realidade coxa, time para 2da parte da tabela, ajusta o time, talvez com três zagueiros… no meio se jogadores razoáveis mas do para um tempo, então se planeje assim, e no ataque com Paixão, Léo e Alef, não precisa nada melhor… e’ só treinar chutes a gol, e jogar sempre fechadinho, não se expondo… e o principal, baixar a soberba da Diretoria e da torcida, e cair na real, pois se quiser posar de galo, vai virar caldo de galinha…

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.