Opinião
A Criação da SAF, a Recuperação Judicial e a Venda e Administração Controversas da SAF do Coritiba e de Sua Associação
A Criação da SAF e a Promessa de um Modelo de Gestão Eficiente
Em dezembro de 2021, os sócios do Coritiba aprovaram a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, ainda sem um modelo definido. A votação, realizada online, teve 95% de aprovação, com a promessa de que a SAF traria maior profissionalismo, eficiência, transparência e competitividade ao futebol alviverde.
A proposta inicial vendida à torcida e aos sócios era de que o Coritiba manteria o controle majoritário da SAF, garantindo que a Associação ainda teria a palavra final sobre as decisões estratégicas e esportivas. A narrativa reforçava a ideia de um modelo equilibrado, semelhante ao adotado por clubes que preservaram uma participação significativa dentro de sua SAF.
No entanto, essa promessa logo se mostrou inconsistente. Ao longo de 2022 e 2023, o discurso mudou gradualmente, preparando o terreno para uma venda massiva da participação do clube na SAF. O que havia sido aprovado como um modelo em que a Associação manteria controle sobre o futebol do Coritiba acabou se tornando um processo de alienação total do comando do clube.
Recuperação Judicial: Uma Solução Transformada em Justificativa para a Venda
Antes da conclusão da venda da SAF, o Coritiba enfrentava dificuldades financeiras significativas. A solução adotada pela diretoria foi a entrada em Recuperação Judicial, vendida à torcida e aos sócios como um mecanismo essencial para trazer previsibilidade e organização às finanças do clube.
A diretoria argumentava que a Recuperação Judicial permitiria ao Coritiba reestruturar suas dívidas, estabelecer um plano de pagamento realista e garantir estabilidade financeira para atrair investidores. Essa estratégia foi amplamente defendida como um caminho seguro para evitar a falência e manter o clube competitivo.
No entanto, pouco tempo depois de finalizar o processo de Recuperação Judicial, a narrativa mudou. A mesma medida que havia sido apresentada como a solução definitiva para a crise financeira do clube passou a ser usada como justificativa para a venda da SAF. A diretoria alegou que o Coritiba não teria condições de cumprir os compromissos assumidos na RJ sem a venda da SAF, pressionando os sócios e torcedores a aceitarem uma negociação acelerada e pouco transparente. Esse fato foi confirmado em várias ocasiões, posteriormente à venda, pelo representante da Associação na SAF, em entrevistas e Podcasts.
Esse movimento estratégico levanta questionamentos sobre a real intenção da Recuperação Judicial. Teria sido a RJ uma ferramenta para forçar a venda da SAF, utilizando o endividamento como argumento para convencer os sócios da necessidade de uma privatização quase completa do clube?
A Venda da SAF: Falta de Transparência, Pressão e Promessas Vazias
A concretização da venda da SAF ocorreu em maio de 2023, quando o Coritiba anunciou a transferência de 90% da SAF para a TREECORP em um acordo avaliado em aproximadamente R$ 1,3 bilhão ao longo de dez anos. O montante divulgado incluía:
- R$ 270 milhões para a quitação de dívidas;
- R$ 100 milhões para a construção de um novo centro de treinamento;
- R$ 500 milhões para a modernização do estádio Couto Pereira;
- R$ 450 milhões para a operação do futebol e capital de giro.
A aprovação da venda ocorreu em meio a grande pressão institucional. A diretoria utilizou a Recuperação Judicial como principal argumento, além de afirmar que a venda garantiria um Coritiba financeiramente estável e competitivo no cenário nacional. No entanto, o processo foi marcado por falta de transparência e a imposição de um ritmo acelerado que impediu um debate aprofundado sobre os impactos da negociação.
Além disso, fortes declarações dos dirigentes de que o modelo proposto era o ideal – pois “não seríamos um clube satélite” – pois fazia parecer que sermos comprados por uma empresa sem nenhuma relação com o futebol seria mais benéfico para todos, diferentemente de Bahia e Botafogo, por exemplo, que fazem parte do Grupo City e de John Textor, respectivamente. E aqui um paralelo:
- Botafogo e Coritiba estavam na segunda divisão em 2021. Em 2024 o Botafogo se sagrou campeão da Copa Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro.
Os sócios foram levados a aprovar uma venda sem acesso total ao contrato da SAF, que até hoje permanece em sigilo para a esmagadora maioria de sócios e acessível apenas a alguns Conselheiros. Essa falta de clareza gerou desconfiança na torcida, que se viu diante de um negócio imposto como “inevitável”, mas sem garantias claras de que o clube seria verdadeiramente beneficiado.
Além disso, promessas feitas durante a negociação, como a construção de um dos melhores Centros de Treinamento da América Latina, já foram redimensionadas para um CT apenas mediano, comum entre clubes da Série A. O mesmo ocorre com a modernização do Couto Pereira, que, apesar dos R$ 500 milhões prometidos, não apresenta um projeto compatível com investimentos desse porte.
Os Nomes Envolvidos no Processo de Venda da SAF
A negociação da venda da SAF não foi conduzida por um único indivíduo, mas por um grupo de dirigentes da Associação Coritiba e representantes da TREECORP, com intermédio da XP Investimentos, que tiveram papel fundamental no processo.
Os Responsáveis pelo Coritiba na Venda da SAF:
Os membros da Associação Coritiba diretamente envolvidos na negociação da SAF e que, por um período, fizeram parte do Conselho de Administração da SAF foram:
- Glenn Stenger (presidente do clube à época da venda)
- Vilson Ribeiro de Andrade (figura influente na elaboração do contrato e na relação com a TREECORP)
- Juarez Moraes
- Osiris Klamas
- Jair José de Souza
- Maurício Gulin
- Fabrício Slaviero Fumagalli
- Marcelo Foggiato Licheski
- Dinho Elache (que passou a ter papel na SAF posteriormente, diga-se)
- Lucas Pedrozo
Além desses nomes, Leonardo Boguszewski teve participação direta na elaboração do contrato da SAF, enquanto Joel Malucelli se tornou o maior investidor da SAF até o momento.
Os Responsáveis pela TREECORP na Aquisição da SAF:
Do lado da TREECORP, os principais envolvidos foram os sócios-diretores da empresa:
- Bruno Levi D’Ancona
- Filipe Lomonaco
- Danilo Soares
O empresário Roberto Justus teve uma participação midiática relevante na aquisição do clube pela TREECORP. Desde o anúncio da compra, Justus assumiu o papel de um dos rostos públicos do projeto. Antes da venda, participou de entrevistas em que dizia que estava comprando um clube e ajudaria a administrar.
Após a venda da SAF, ele foi ao Estádio Couto Pereira, vestiu a camisa do clube e discursou para a torcida em entrevista ao canal oficial do clube como entusiasta do novo projeto. Posteriormente a isso participou de podcasts, onde fez declarações polêmicas sobre a torcida, a gestão da SAF e o futuro do clube. Algumas de suas falas foram mal recebidas por torcedores e analistas, gerando questionamentos sobre sua real compreensão da dinâmica e da história do Coritiba Foot Ball Club.
Embora não tenha um papel formal na administração da SAF, sua presença na comunicação do projeto reforça a estratégia da TREECORP de utilizar figuras conhecidas para gerar credibilidade e engajamento inicial. No entanto, a falta de resultados concretos e os equívocos na gestão tornam suas declarações apenas mais um elemento da narrativa que tentou vender a SAF como a solução definitiva para os problemas do clube, sem entregar os avanços prometidos.
O processo de criação e venda da SAF do Coritiba expõe incongruências, mudanças abruptas de discurso e falta de transparência por parte dos responsáveis. O modelo inicialmente vendido como uma forma de garantir que a Associação Coritiba manteria controle sobre o futebol foi rapidamente alterado para uma negociação em que 90% da SAF foi entregue a um grupo privado.
A Recuperação Judicial, antes exaltada como a solução para as finanças do clube, se tornou a justificativa perfeita para pressionar os sócios a aceitarem a venda. E, uma vez concretizada a negociação, as promessas feitas no momento da transação começaram a ser reduzidas ou simplesmente ignoradas.
Os dirigentes que conduziram esse processo, tanto do lado da Associação quanto da TREECORP, precisam ser responsabilizados pelas decisões que colocaram o Coritiba nessa situação. E, diante do desempenho desastroso da equipe sob a nova gestão, a SAF do Coritiba se encaminha para ser um case de fracasso no futebol brasileiro, servindo de alerta para outros clubes que cogitam seguir o mesmo caminho.
A Incompetência da TREECORP na Gestão do Coritiba SAF
Após a aquisição de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Coritiba pela TREECORP em 2023, a gestão do clube passou por uma série de decisões administrativas e técnicas que resultaram em desempenhos esportivos desastrosos e questionamentos sobre a competência da gestora.
Gestão Administrativa e Desempenho dos Executivos
Desde o final de 2022, mesmo antes da oficialização da venda, a TREECORP já exercia influência nas decisões do clube. Em 23, foram anunciadas as contratações de Arthur Moraes como executivo-chefe de futebol e Carlos Amodeo como CEO do Coritiba SAF. Ambas as escolhas se mostraram desastrosas:
- Carlos Amodeo (CEO do Coritiba SAF): Antes de chegar ao Coritiba, Amodeo teve uma passagem pelo Grêmio, onde enfrentou críticas por sua gestão financeira. Durante seu período no clube gaúcho, o Grêmio foi rebaixado para a Série B, mesmo possuindo uma das maiores folhas salariais do país. No Coritiba, enfrentou dificuldades administrativas e conflitos internos. Um dos episódios mais notórios envolveu o atacante Alef Manga. Amodeo apoiava o retorno do jogador ao elenco, enquanto outros dirigentes, como Paulo Autuori e William Thomas, eram contrários à reintegração. Esse desacordo culminou na saída de Amodeo do cargo de CEO.
- Arthur Moraes (Executivo-Chefe de Futebol): Ex-goleiro com passagens por clubes como Benfica e Cruzeiro, Moraes assumiu a responsabilidade pela montagem do elenco. Sua experiência administrativa anterior limitava-se a um clube da terceira divisão de Portugal, onde, mesmo com o maior orçamento da competição, falhou em obter sucesso. No Coritiba, foi responsável por várias contratações equivocadas e não conseguiu implementar um planejamento esportivo eficiente.
- Júnior Chávare: Contratado para assumir a gestão do futebol e reformular o elenco em substituição a Arthur, teve papel crucial na montagem de 90% do elenco de 2024. Seu falecimento em fevereiro de 2024 interrompeu abruptamente seu trabalho.
- Paulo Autuori (Diretor Técnico): Anunciado como diretor técnico em 2024, sua passagem foi curta e conturbada, resultando em mais uma mudança de direção no futebol. Divergências internas, especialmente relacionadas à reintegração de Alef Manga, levaram à sua rápida saída do clube.
- William Thomas e Gabriel Lima: Nomeados respectivamente como executivo de futebol em substituição a Chávare e CEO no lugar de Amodeo (posteriormente), em 2024 não conseguiram adequar o elenco para a Série B e colheram insucessos retumbantes. Há que se reconhecer algumas poucas melhorias estruturais no centro de treinamento e processos internos. No entanto, os resultados esportivos continuaram negativos, refletindo a incompetência da TREECORP.
- Gabriel Lima anunciou sua saída para março de 2025 para assumir o cargo de CEO da Liga Forte Futebol União, abandonando o projeto da SAF em meio a mais uma crise institucional e esportiva.
Investimentos da TREECORP e Resultados
A TREECORP comprometeu-se a investir aproximadamente R$ 1,1 bilhão no Coritiba ao longo de dez anos. Desse montante, R$ 450 milhões seriam destinados à operação do futebol, garantindo um investimento mínimo anual. No primeiro ano de gestão, a SAF já havia desembolsado mais de R$ 100 milhões, representando mais de 22% do valor total prometido para o futebol em uma década. Esse montante foi utilizado para contratações, pagamento de dívidas e outras despesas operacionais.
Apesar do investimento significativo, os resultados em campo foram decepcionantes:
- 2023: Maior orçamento da história do clube. Rebaixamento para a Série B com a pior campanha do Coritiba na era dos pontos corridos, sofrendo derrotas humilhantes e encerrando a competição com uma das piores defesas do campeonato. No Campeonato Paranaense e na Copa do Brasil, eliminações precoces para times sem divisão nacional ou pouquíssimos expressivos.
- 2024: Segundo maior orçamento da Série B. Terminou em 12º lugar, marcando a pior campanha do clube na história na competição, com desempenho irregular e eliminações precoces idênticas às de 2023.
- 2025: Até o momento indica sinais de repetição dos fracassos anteriores, com altas possibilidades, pelo futebol apresentado, de eliminações em fases preliminares de torneios e dificuldades na formação do elenco.
Contratações Fracassadas e Altos Investimentos sem Retorno
A gestão da TREECORP à frente do Coritiba SAF resultou em contratações extremamente onerosas, sem qualquer retorno esportivo ou financeiro. Jogadores foram adquiridos com altos salários, luvas e/ou multas contratuais, mas deixaram o clube sem deixar impacto positivo. O montante gasto com reforços que não corresponderam é um reflexo da falta de planejamento e incompetência na administração do futebol.
Lista de Jogadores e os Valores Desperdiçados (alguns exemplos)
- Rodrigo Pinho: Comprado por 500 mil euros (aproximadamente R$ 2,7 milhões), com adicionais de 500 mil euros em metas. Apesar do alto investimento, perdeu espaço rapidamente e foi afastado do elenco.
- Fransérgio: Veio da segunda divisão francesa, onde não conseguiu subir de divisão, mas não conseguiu se firmar e saiu sem deixar qualquer impacto positivo.
- David da Hora: Adquirido por R$ 4 milhões por 50% dos direitos econômicos junto ao Fortaleza. Teve atuações irrelevantes e foi emprestado ao Juventude.
- Leandro Damião: Contratado com um salário milionário, fez apenas 16 jogos e marcou três gols antes de rescindir o contrato sem custos para o Coritiba.
- Islam Slimani: Chegou ao clube com um dos maiores salários do elenco e saiu sem gerar retorno, graças a uma cláusula contratual que permitia sua saída gratuita para qualquer clube europeu.
- Jesé Rodríguez: Ex-Real Madrid, veio de um rebaixamento na Itália e protagonizou outro no Brasil com o Coritiba. Saiu sem disputar a Série B de 2024.
- Andreas Samaris: Chegou sem clube e deixou o Coritiba na mesma condição, sem contribuir para a equipe.
O Impacto Financeiro e Esportivo
Os valores gastos com esses jogadores totalizam milhões de reais que poderiam ter sido investidos de forma mais inteligente na reconstrução do elenco. Entretanto, a falta de critério na contratação e a ausência de planejamento resultaram em um elenco inflado, ineficaz e caríssimo, sem qualquer resultado positivo.
A incompetência da TREECORP não só comprometeu as finanças do clube, como também resultou nos piores desempenhos da história do Coritiba. O clube se afundou em campanhas vergonhosas, reforçando a inaptidão da gestora em administrar um time de futebol de maneira minimamente profissional.
A TREECORP falhou completamente na gestão do principal produto do Coritiba: o futebol. A sucessão de erros administrativos, contratações desastrosas e a falta de um planejamento sólido resultaram nas piores campanhas da história do clube. O Coritiba SAF, longe de ser um case de sucesso, se tornou um exemplo de incompetência na gestão esportiva e na administração de investimentos.
O Papel de André Campestrini e a Gestão Financeira Engessada
Dentro da administração da SAF do Coritiba, um nome que se destaca pelas suas decisões rígidas e extremamente conservadoras é André Campestrini, o diretor financeiro do clube. Diferente do que se espera de um gestor esportivo, Campestrini toma decisões baseadas exclusivamente em números frios, sem considerar as nuances e necessidades dinâmicas de um clube de futebol.
Seja para suprimentos, equipamentos, reformas, contratações, dispensas, melhorias estruturais, projetos ou processos, todas as decisões passam pelo crivo do diretor financeiro, que não apenas impõe suas restrições, mas também orienta a SAF a seguir na mesma linha. Essa abordagem excessivamente burocrática tem levado a cortes que, no curto prazo, podem parecer vantajosos financeiramente, mas que a longo prazo comprometem a estrutura e o desempenho esportivo do clube.
Um dos poucos opositores a essa postura dentro da gestão da SAF era Gabriel Lima, que, compreendendo a complexidade da administração esportiva, sabia que “o barato pode sair caro”. Em algumas ocasiões, Lima chegou a reverter decisões de Campestrini, principalmente relacionadas ao CT e a fornecedores essenciais para o funcionamento adequado do clube. Sua atuação evitou que a filosofia de austeridade extrema afetasse ainda mais a infraestrutura e a qualidade dos serviços oferecidos ao futebol profissional.
Com a saída de Gabriel Lima, o temor entre os bastidores do Coritiba é que as decisões passem a ser guiadas unicamente pelo financeiro, sem qualquer preocupação com as reais necessidades esportivas do clube. Esse modelo de gestão já tem impactos diretos na folha salarial do elenco, que antes era hiperinflacionária e agora está passando por um processo severo de enxugamento. Embora o controle de custos seja necessário, não parece haver um meio-termo: ou gasta-se de forma descontrolada ou se corta sem critério.
A preocupação da torcida e dos analistas esportivos é que essa gestão inflexível resulte em um clube financeiramente ajustado, mas sem competitividade em campo, transformando a SAF em uma entidade focada apenas em balanços financeiros, e não no seu verdadeiro produto: o futebol. Esquece-se que quanto menos se investir com qualidade, mais chances de insucesso em campo, o que representa ausência em grandes competições, o que representa menos dinheiro entrando – seja por vendas ruins de jogadores, seja por valores menores recebidos da “televisão” e patrocinadores, seja pela falta de premiações esportivas. No final, todos saem perdendo.
A Ausência de Bruno D’Ancona e a Falta de Cláusulas de Desempenho Esportivo
Diferente da postura de outros donos de clubes no Brasil e no mundo, que vivem o dia a dia das instituições que adquiriram, Bruno D’Ancona, um dos principais nomes da Treecorp, praticamente não está presente em Curitiba. Enquanto em outras SAFs os investidores e gestores acompanham de perto as decisões esportivas e institucionais, D’Ancona tem se mantido distante, o que reforça a sensação de falta de comprometimento da Treecorp com a gestão ativa do Coritiba. Além disso, ele não concede entrevistas, não se manifesta para a torcida e não presta esclarecimentos sobre a condução da SAF, aumentando a falta de transparência e o distanciamento com os torcedores.
Outro fator que agrava esse cenário é a ausência de cláusulas de desempenho esportivo no contrato da venda da SAF – fato confirmado por dirigentes antes e depois da venda. Sem qualquer exigência de metas, resultados ou compromisso com a performance do time, a SAF pode continuar administrando o Coritiba de forma irrestrita, sem qualquer tipo de penalização caso os objetivos esportivos não sejam atingidos. A Associação Coritiba e seus sócios ficam sem poder de cobrança por melhorias reais, assistindo passivamente ao clube ser conduzido sem um projeto claro de êxito esportivo.
Esse vácuo contratual permite que a Treecorp utilize os recursos do Coritiba sem pressão por eficiência. Os investimentos mínimos prometidos estão sendo cumpridos e até mesmo superados, mas de forma ineficiente e ineficaz. O dinheiro injetado, seja próprio ou oriundo das receitas do próprio Coritiba, não se reflete em resultado esportivo, que deveria ser o principal objetivo de qualquer SAF. Sem metas e sem cobrança real, os recursos podem ser mal aplicados indefinidamente, sem que haja qualquer consequência para os gestores.
O Coritiba continua acumulando campanhas vexatórias, tornando evidente que os valores investidos estão sendo mal administrados, sem retorno esportivo e financeiro. Sem uma presença efetiva de seus principais gestores e sem garantias contratuais de que o futebol estará protegido, a SAF do Coritiba segue um caminho preocupante, onde os recursos podem continuar sendo despejados sem planejamento adequado, como se estivessem sendo jogados pelo ralo.
A Transição do Conselho Administrativo e a Tentativa de Enfraquecimento da Associação
A gestão do Coritiba SAF sob a administração da TREECORP foi marcada não apenas por problemas no futebol, mas também por um conturbado processo político interno que visava fragilizar a Associação Coritiba. O período entre o final de 2023 e 2024 foi decisivo para a transição do Conselho Administrativo do clube e revelou uma tentativa de enfraquecer a influência dos sócios sobre as decisões estruturais da instituição.
Prorrogação Irregular do Mandato e a Falta de Eleições
O Conselho Administrativo, que deveria ter encerrado seu mandato no final de 2023 (junto com o Conselho Deliberativo), não teve suas eleições convocadas no prazo estatutário. O Conselho Deliberativo, sem qualquer previsão estatutária, tomou para si as atribuições do Conselho Administrativo em uma reunião extraordinária, estendendo indefinidamente seu mandato. Isso gerou revolta entre os sócios, que viam a manobra como uma tentativa de controlar a Associação e proteger os interesses da SAF.
A decisão foi amplamente influenciada por Jamil Ibrahim Tawil Filho, então presidente do Conselho Deliberativo, que utilizou sua posição de forma pessoal para impedir a realização das eleições no prazo correto. Jamil atuou diretamente na prorrogação do mandato da gestão, justificando a decisão com base na transição para a SAF e que o novo Conselho deveria já estar adequado a essa nova realidade antes de novas eleições. Essa atitude foi interpretada por muitos torcedores como um movimento calculado para garantir a continuidade da direção alinhada com a SAF e reduzir a capacidade de fiscalização da Associação Coritiba.
A pressão popular e as sucessivas cobranças da torcida fizeram com que as eleições finalmente fossem realizadas, mas apenas um ano depois do prazo original, em um ambiente de desgaste e desconfiança.
Da Situação de Glenn Stenger e Jamil Ibrahim para Mariana Líbano
A diretoria comandada por Glenn Stenger tentou se desvincular da responsabilidade pelo caos administrativo do clube, deixando seus postos no Conselho Administrativo em dezembro de 2023 e alegando que a transição de gestão para a SAF impedia uma administração e fiscalização mais eficaz. Mesmo assim, alguns dirigentes permaneceram – segundo denúncias da nova diretoria da Associação – recebendo benesses da SAF, como camarotes e seguranças, e são figuras carimbadas em eventos da SAF como se ainda ocupassem cargos institucionais na Associação Coritiba. Dinheiro da SAF sendo gasto com ex-dirigentes, que venderam (ou será que doaram?!) o clube.
Nesse contexto, a nova diretoria, liderada por Mariana Líbano, herdou uma situação extremamente frágil, com a SAF completamente desalinhada com a Associação e um clube enfraquecido institucionalmente, sem receitas, entre outros problemas graves pela total falta de transparência e transição da antiga diretoria para a atual.
A Tentativa de Alterar o Estatuto e Enfraquecer a Associação
Durante esse período, o Conselho Deliberativo tentou emplacar uma alteração no estatuto do clube que reduzia ainda mais a influência e autonomia da Associação Coritiba perante a SAF. O novo estatuto proposto buscava conceder ainda mais poder à SAF e fragilizar a fiscalização dos sócios sobre as decisões administrativas e financeiras.
Adicionalmente, essa alteração no estatuto colocaria um ponto final em qualquer discussão sobre a venda da SAF, referendando de uma vez por todas todos os atos e efeitos. Não sendo suficiente, trazia benefícios políticos a Glenn Stenger e Juarez Moraes e Silva, os alçando como Conselheiros Vitalícios do clube, sem que eles tenham completado um mandato inteiro.
A proposta foi submetida à votação dos sócios e rejeitada de maneira esmagadora, com mais de 80% dos votos contrários. A mobilização dos torcedores e sócios mostrou que, apesar das tentativas de manipulação interna, a Associação Coritiba ainda resistia e mantinha a sua relevância.
Além disso, no apagar das luzes da gestão liderada por Jamil Ibrahim Filho, o antigo Conselho Deliberativo da associação, composto majoritariamente por apoiadores de Glenn e cia, aprovaram uma nova cobrança de mensalidade de associado, além da já paga pelo sócios para terem seus “season tickets” junto a SAF, para que tenham direitos associativos na Associação pelo exorbitante valor mensal de R$ 120,00. Essa decisão foi revertida logo nas primeiras reuniões do novo Conselho Deliberativo e o valor foi, por enquanto, reajustado para R$ 30,00 mensais.
A decisão do antigo conselho claramente visava afastar o torcedor da Associação, enfraquecendo a presença popular e elitizando e segregando a participação para um pequeno grupo de pessoas, para que mantivessem para si o controle da Associação e a completa nulidade de atuação frente a SAF.
A Atuação Complacente de Vilson Ribeiro de Andrade
Outro fator que chamou a atenção durante esse período foi a atuação do Sr. Vilson Ribeiro de Andrade, escolhido como representante da Associação no Conselho de Administração da SAF. Sua postura foi complacente com a TREECORP, sem qualquer demonstração clara de defesa dos interesses da Associação, dos associados e da torcida. Em diversos momentos, suas atitudes não transpareciam compromisso com os anseios dos sócios, levantando suspeitas sobre sua real intenção como representante da Associação.
Apenas após muitas cobranças públicas de torcedores e da imprensa, Vilson passou a “cobrar” levemente a TREECORP/SAF, tentando demonstrar uma postura mais crítica, mas sem efetividade real.
Adicionalmente, no apagar das luzes da gestão Glenn/Jamil/Vilson, que já operava nas sombras do estatuto, o grupo aceitou uma proposição da TREECORP/SAF para diminuir itens no projeto de construção do novo centro de treinamentos, retirando estruturas previamente prometidas e reduzindo o investimento planejado.
A transição do Conselho Administrativo do Coritiba revelou não apenas a fragilidade política do clube, mas também as intenções da SAF em enfraquecer a Associação para consolidar o controle absoluto sobre a instituição. O adiamento irregular das eleições, a tentativa de reforma estatutária e a manutenção da gestão anterior sem respaldo estatutário evidenciam a estratégia de desmonte da estrutura associativa.
Jamil Ibrahim Tawil Filho foi um dos grandes articuladores desse processo, atuando em favor da SAF e impedindo a realização de um processo eleitoral transparente no prazo correto. Ao mesmo tempo, Vilson Ribeiro de Andrade, como representante da Associação no Conselho da SAF, se mostrou complacente e omisso, aceitando diversas decisões da TREECORP sem qualquer oposição real.
O que resta saber é se a Associação Coritiba conseguirá manter sua força diante do poder da SAF, ou se as tentativas de enfraquecimento seguirão até que sua relevância seja completamente aniquilada.
Estrutura Física do Coritiba SAF – Estádio e Centro de Treinamentos
O Novo Estádio e as Informações Desencontradas
Outro ponto que preocupa torcedores e sócios são as informações completamente desencontradas entre a Associação Coritiba e a SAF sobre o novo estádio. O temor da torcida gira em torno de um projeto que reduziria a capacidade para 30 mil lugares, com forte foco em camarotes e estrutura voltada para shows e eventos, deixando em segundo plano as necessidades de um estádio de futebol moderno e adequado à tradição do Coritiba.
A ausência de uma comunicação clara da SAF sobre o tema gera insegurança e descontentamento entre os torcedores. Mesmo que ainda haja um prazo longo para o início das obras, as incertezas atuais fazem com que o torcedor, outrora orgulhoso de possuir o maior estádio do Paraná, construído com recursos próprios e uma arquitetura única, fique envergonhado com sua situação atual (trataremos do tema a seguir) e temeroso de receber algo genérico, apático, sem alma e sem vínculo histórico. Além disso, há grande preocupação de que o novo projeto seja moldado para atividades de entretenimento paralelas ao futebol, enfraquecendo o core business do clube.
O Descaso atual com o Couto Pereira: Gramado e Estrutura Física
A negligência da SAF/TREECORP se estende também à manutenção do Estádio Couto Pereira, que, historicamente, possuía um dos melhores gramados do Brasil. Sob a gestão da SAF, o gramado passou em 2025 para um estado deplorável, comprometendo o desempenho da equipe e a qualidade dos jogos.
Além disso, falhas inaceitáveis na manutenção da estrutura física do estádio culminaram em um grave acidente, quando um pai e um filho, torcedores do Coxa, foram atingidos na rua por pedaços de concreto que caíram do terceiro anel da arquibancada, uma das que mais recebem público nos jogos. Mesmo que hoje esteja sendo feita uma manutenção corretiva, o fato é que essa manutenção deveria ter sido preventiva, evitando riscos desnecessários à segurança dos torcedores e da população em geral.
Um estádio quase centenário, orgulho do torcedor coxa-branca, agora se torna um risco para quem frequenta suas arquibancadas e até para quem passa na rua. Se nada mudar, qual será a próxima tragédia?
A Construção do Novo CT e a Perda de Um Prometido Diferencial Competitivo
Outro aspecto preocupante da gestão SAF/TREECORP é a construção do novo Centro de Treinamento, que aguarda a liberação das licenças ambientais há mais de um ano. No momento da aquisição da SAF, o projeto foi vendido como um dos melhores da América Latina, mas os valores “investidos” e os mockups apresentados indicam que será apenas um CT mediano dentro do padrão de alguns clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro e nada além disso. Alguns “clubes de empresários” pelo Brasil já construíram e estão construindo CTs de padrão similar ao proposto.
A falta de um CT de ponta é um reflexo do que se esperava da gestão profissional e ambiciosa prometida pela TREECORP, mas que na prática está entregando um projeto sem qualquer diferencial competitivo – muito menos estando perto de ser um dos melhores da América Latina, comprometendo a capacidade do Coritiba de atrair e desenvolver jogadores em um ambiente de elite.
A ausência de transparência e o descaso na gestão dos patrimônios do Coritiba SAF evidenciam que a TREECORP não tem entregado as melhorias prometidas. O novo estádio permanece como uma interrogação para o torcedor, que teme perder sua história para um projeto aquém de sua história. O Couto Pereira, antes um ícone de estrutura e tradição, está abandonado e se deteriorando. O novo CT, longe de ser um diferencial competitivo, caminha para ser apenas mais um.
A SAF, que se apresentou como um modelo de gestão profissional e eficiente, tem se mostrado incapaz de entregar os avanços estruturais necessários para que o Coritiba se torne competitivo. O torcedor alviverde, que acreditou em um projeto de modernização, hoje enfrenta um cenário de incertezas e frustrações.
A Proposição de Alteração do Escudo e Marca do Coritiba Foot Ball Club
Em meados de janeiro, pouco antes da oficialização da venda da SAF, a diretoria do Coritiba, utilizando a mesma estratégia de pressão aplicada para aprovar a venda da SAF, tentou forçar a torcida e os sócios a aceitarem um projeto de alteração do escudo e marca do clube.
Embora vários dos elementos complementares tenham sido bem fundamentados e justificados – além de terem ficado graficamente bem elaborados e historicamente coerentes – o escudo em si se mostrou genérico, revisionista e afrontoso aos elementos únicos da identidade do clube.
Tentativa de Apagar a Identidade do Clube
Sob pretextos simplistas e desculpas infundadas, tentou-se modificar uma marca centenária, ignorando elementos históricos e tradicionais do Coritiba Foot Ball Club. A tentativa de reformulação foi recebida com forte rejeição por uma parcela significativa da torcida, de historiadores, sócios e jornalistas. Muitos viram a iniciativa como uma tentativa de apagar a identidade do clube e substituí-la por uma versão genérica e descaracterizada.
A Reação da Torcida e o Recuo da Diretoria
Apesar de algumas manifestações favoráveis dentro da torcida, a forte resistência e as críticas generalizadas fizeram com que a diretoria recuasse na implantação do novo escudo. Mesmo com a tentativa de vender a mudança como um passo para a “modernização” do clube, a história e a tradição prevaleceram diante de um projeto mal conduzido.
Mais uma Tentativa de Reescrever e Apequenar o Coritiba
Essa tentativa de alteração do escudo foi mais um dos diversos movimentos da gestão Glenn Stenger, Jamil Ibrahim Tawil Filho e seus parceiros (Juarez Moraes, Osiris Klamas, Jair José de Souza, Maurício Gulin, Fabrício Slaviero Fumagalli e Marcelo Foggiato Licheski) para reescrever e apequenar o Coritiba Foot Ball Club.
A mesma diretoria que aprovou um contrato de SAF sem transparência, que tentou reduzir a influência da Associação Coritiba, que aceitou a redução de investimentos no CT e que está envolvida em um processo de degradação estrutural do Couto Pereira, também tentou mudar a história do clube para algo genérico e historicamente errado.
O esfriamento desse plano demonstrou que, apesar das tentativas de manipulação, a identidade e a tradição do Coritiba Foot Ball Club ainda contam com defensores firmes dentro da sua torcida e do meio esportivo. Vale ressaltar que muitos dos elementos complementares apresentados à época estão sendo utilizados pelo clube hoje e os resultados têm sido positivos.
A Gestão da TREECORP e os Nomes Responsáveis pelo Caos no Coritiba
O Coritiba Foot Ball Club – SAF – foi vendido para a TREECORP sob a promessa de modernização, investimentos robustos e uma gestão profissional que levaria o clube a um novo patamar. No entanto, o que se viu desde então foi um festival de incompetência administrativa, desrespeito à história do clube e um completo descaso com a torcida e a associação.
Desde o início, a venda da SAF foi conduzida de maneira obscura e pressionada pelos então dirigentes Glenn Stenger, Jamil Ibrahim Tawil Filho, Juarez Moraes, Osiris Klamas, Jair José de Souza, Maurício Gulin, Fabrício Slaviero Fumagalli e Marcelo Foggiato Licheski, com forte colaboração de Leonardo Boguszewski e Vilson Ribeiro de Andrade. A mesma diretoria que propagandeou a venda como solução definitiva para os problemas financeiros do Coritiba também participou de decisões que enfraqueceram a Associação Coritiba e deixaram o clube ainda mais vulnerável aos desmandos da SAF.
Uma vez concretizada a venda, o que se viu foi um festival de erros e desperdício. Carlos Amodeo, que já havia rebaixado o Grêmio, chegou como CEO e rapidamente foi alvo de críticas por sua falta de gestão esportiva e financeira. Arthur Moraes, com experiência limitada no futebol, errou seguidamente nas contratações e não conseguiu estruturar um elenco competitivo. A vinda de Paulo Autuori se mostrou uma decisão errônea, resultando em mais instabilidade, e a tentativa de reestruturação com Júnior Chávare foi interrompida tragicamente com seu falecimento. William Thomas igualmente se mostrou incompetente na gestão do Futebol do clube, colhendo resultados identicamente fracassados de todos os outros em 2024 e caminha para obter o mesmo já no início de 2025.
Cabe pontuar que o atual Comitê de Futebol da SAF é composto por Gabriel Lima (CEO, até 01/03/2025), William Thomas (Head de Futebol), Bruno D’Ancona (TREECORP), Rafael Mangabeira (TREECORP) e Meer Kaufmann (TREECORP). Esses nomes são diretamente responsáveis pelas contratações e processos decisórios do futebol do Coritiba.
O que se viu sob a gestão TREECORP no Coritiba Foot Ball Club foi um desastre absoluto: rebaixamento em 2023 com a pior campanha da história do clube na Série A, um desempenho vergonhoso em 2024 na Série B, e um início de 2025 que não indica qualquer mudança positiva. As contratações milionárias sem retorno, como Slimani, Jesé, Pinho, Samaris e Fransérgio, mostram a incompetência da TREECORP e seus escolhidos para atuar no dia a dia do clube em gerir o futebol. As contratações “baratas” também não trouxeram qualquer resultado positivo. Independente do que façam, nada traz resultado.
O descaso também se estendeu à estrutura do clube. O novo CT, que foi anunciado como um dos melhores da América Latina, revela-se apenas um centro de treinamento mediano, com dificuldades na liberação de licenças e cortes no projeto original. O Couto Pereira, antes um estádio referência em gramado e estrutura – sendo elogiado por atletas, comissões técnicas e torcedores de vários clubes do Brasil – está em estado deplorável, com falhas de manutenção que resultaram no grave incidente de um pai e um filho atingidos por pedaços de concreto. O novo estádio, cercado de informações desencontradas, preocupa torcedores que temem perder a identidade do clube para um projeto genérico voltado a shows e camarotes.
Para piorar, houve a tentativa de alterar o escudo e a identidade visual do clube. Usando a mesma estratégia de pressão que foi aplicada para a aprovação da SAF, a diretoria tentou convencer os torcedores de que a mudança era necessária. Felizmente, a forte rejeição de historiadores e torcedores impediu mais esse retrocesso.
O Coritiba Foot Ball Club tem sido destruído de dentro para fora por aqueles que se diziam seus salvadores. A incompetência da TREECORP na gestão do futebol, a destruição da identidade do clube, as promessas não cumpridas e a incapacidade de criar um projeto vitorioso mostram que essa SAF tem sido tudo, menos benéfica para o Coritiba. Os responsáveis têm nome e sobrenome, e a torcida não pode permitir que o clube siga sendo comandado por gestões incompetentes que apenas apequenam o Coxa.
A TREECORP, segundo relatos e notícias, tem tentado captar novos investidores (pois esse é o core business da empresa) e até mesmo parceiros, porém sem muito sucesso. Recentemente, um valuation mostrou que o clube depreciou significativamente para R$ 416 milhões em 2024, após um pequeno crescimento em 2023 (R$ 565 milhões). Esses números ilustram claramente o impacto negativo das decisões administrativas da atual gestão e reforçam a percepção negativa do mercado sobre a gestão atual.
Se nada for feito, o Coritiba deixará de ser um clube de futebol para se tornar apenas um ativo na carteira de investimentos de um grupo incompetente. O tempo está correndo, e a torcida precisa decidir se aceitará essa destruição passivamente ou se exigirá a mudança e o respeito que o clube e torcida merecem.
O Coritiba é grande e deve lutar para continuar sendo. O que resta saber é: quem vai salvar o Coritiba da SAF que prometeu salvá-lo?