Opinião

Adeus, amigo.

Sabe aquela amizade inesperada, que acontece no nada e que marca a sua vida? Vou contar a minha história com o Mario.

Eu morava no fim da rua sem saída, tinha 24 ou 25 anos, usava camisa do Coxa e bermuda da Império. O Mario era mais velho, tinha seus 40 e poucos, pai de família, respeitado por todo o bairro. O que nos unia era o Coxa, afinal, sempre parávamos na esquina para falar do Verdão.

Lá por 2009, resolvi chamar o Mario para ir ao jogo comigo e com o Nino, um dos irmãos que a vida me deu. O Seu Mario não apenas topou, como virou um parceirão de Couto Pereira. Passamos por ótimos momentos e também alguns ruins, como o rebaixamento de 2009.
Em 2010, em plenas terças e quartas-feiras, o Mario estava à tarde no Couto, largando o trabalho para embarcar nas vans sentido Joinville, e chegou inclusive a embarcar nos ônibus que a Rede Coxa (na época, RCC) organizava junto a IAV. Que puta coxa-branca!

Porém, nem tudo são flores. O meu amigo, Seu Mário, contraiu o Covid-19 e passou dias e mais dias internado. Recebeu mensagens de apoio do Wilson e do Rafinha, que o alegraram, mas infelizmente, hoje ele se despediu da gente e embarcou para o lado de tantos outros coxas que não estão mais entre nós.

Obrigado por tudo, Mario. Você sempre estará em nossos corações. Adeus, amigo.

Quem está lendo, por favor: fique em casa. =(