Foto: Coritiba

Opinião

Menos desculpas e mais coragem, Jorginho

A tarde de domingo poderia ter terminado muito melhor para o torcedor se não fosse a falta de coragem que o time de Jorginho tem apresentado. Foi um jogo inteiro de defesa contra ataque. Porém, com mais sorte que juízo, saímos com o empate.

As jogadas do Coxa – fora torcer para o ataque do São Paulo errar – se resumiram a recuos de Filemon para Wilson e chutões do goleiro para o ataque. Numa delas, saiu a falta que Robson cobrou muito bem e colocou no ângulo, lembrando o golaço de Alex no Rogério Ceni em 2013, quase da mesma posição. Inclusive, de ponto positivo no jogo, apenas a recorrente entrega do atacante Robson que, mesmo limitado tecnicamente, defende e ataca, além de já ter feito gols importantes anteriormente.

Porém, o torcedor já cansou de ver o que veio depois: um time medroso e sem confiança. E o que torna isso mais indignante é o nível baixíssimo do Campeonato Brasileiro desse ano. Um pouco mais de vontade e de qualidade nos deixariam mais tranquilos na tabela.

O técnico continua usando desculpas nas entrevistas pós jogo para justificar a fraca apresentação da equipe. “Faltam peças”, “empatamos por causa do pênalti”. Jorginho, sejamos francos: você escolhe colocar Gabriel tendo Neilton e Sarrafiore no banco. Teve uma semana cheia para revisar os erros que cometemos em jogos anteriores. Uma semana para motivar o time a não jogar recuado. E o problema são realmente as peças?

Quanto às regras de futebol que surgiram mais recentemente, como a mão que originou o pênalti do São Paulo, não sou favorável também quando não há intenção na jogada, mas querendo ou não, está na regra. E foi com essa regra que ganhamos ou empatamos alguns jogos até aqui. O VAR é ruim para o futebol? Se o juiz não anulasse os dois gols do São Paulo, o VAR continuaria sendo um problema? Não é fugindo da responsabilidade que conseguiremos sair dessa situação.

São 13 rodadas passadas e apenas 12 pontos conquistados, sendo essa a pior campanha do Coritiba até aqui se contarmos os últimos anos nos quais caímos para a segunda divisão. Se em todo jogo ficamos com 10 atrás do meio campo durante a maior parte do tempo e isso não liga o alerta sobre o nosso futuro, já não sei mais quais desculpas continuaremos a ouvir.