Divulgação/Coritiba

Opinião

O Fator XI

Um dos pontos mais preponderantes para que o Coxa esteja fazendo a campanha acima das expectativas nesta dura Série B é a ótima preparação física e por consequência a continuidade dos melhores atletas do elenco.

Isso deu as ferramentas necessárias para que a comissão técnica encontrasse a melhor formatação tática e até mesmo encontrasse as peças certas dentro de uma ideia de jogo muito bem definida.

Durante boa parte da competição tanto Gustavo Morínigo quanto a torcida Coxa ficaram “mal acostumados” com um time titular qualificado, entrosado e muito eficiente dentro de um propósito definido de jogo. Mas isso mascarou um problema visto lá no estadual e alardeado por todos.

O problema: a limitação do elenco e a falta de peças de reposição à altura do 11 titular. Aliás, isso já era visto mesmo quando tínhamos bons resultados, quando víamos Morínigo demorando e quebrando a cabeça para fazer substituições durante as partidas.

Mesmo quando as fazia, raramente um atleta vindo do banco de reserva se mostrava útil e principalmente com capacidade de fazer frente ao titular da posição. E finalmente na competição começamos a sentir falta das peças do 11 titular com suspensão e lesão.

Mas foi com a saída do atacante Waguininho que a deficiência do elenco gritou, e gritou bem alto. Sem ele o sistema ofensivo decaiu e a consequência foi queda de produção e ausência de resultados positivos. Saídas de Henrique e Farias também foram sentidas, mas a defesa é melhor.

Ontem com o retorno do Waguinho e com a volta do 11 titular que tem 70% de aproveitamento dos pontos disputados, o Coritiba voltou a ter desempenho e resultado de campeão. Além disso: voltou a ter postura de time grande e de quem voltará à elite do futebol nacional.

Muita gente se perguntou o porque da oscilação, da queda de produção, da ausência de resultados e da perda da gordura que foi conquistada a duras custas. A resposta no fundo todos sabiam. O Fator X da questão, ou melhor o Fator XI, era a ausência do time titular.

Nada mais emblemático para escancarar essa resposta do que o gol do Lil Wag quando mais precisávamos. Justamente ele que fez tanta falta nas partidas anteriores sem vitória. Quem sabe se ele tivesse em campo contra o confiança as coisas não seriam diferentes?

Temos um 11 titular de campeão e um time sem alguma dessas peças apenas mero postulante ao acesso. A resposta para a indagação acima é a mesma para os que perguntam se vamos ser campeões: Se tivermos esse XI em campo, teremos a taça e retornaremos ao nosso lugar de direito.

Esse é o Fator X, ou melhor, o Fator XI!

SAV