Opinião

Os Protagonistas precisam ser cobrados

O Coritiba passou por uma ótima fase entre os jogos frente ao São Bento e Oeste. Foram 8 jogos, nenhuma derrota, 6 vitórias e 2 empates. Além disso, alcançou a marca de 3 vitórias seguidas, feito que não ocorria há mais de 2 anos.

Entretanto, a fase mudou. Nos 4 jogos subsequentes nenhuma vitória, 2 empates e 2 derrotas, a última delas com estádio cheio e apresentando um péssimo desempenho.

Muitos torcedores estão se perguntando o que aconteceu para que essas quedas tão significativas, tanto de desempenho quanto de resultados, ocorressem.

O Coritiba simplesmente carbonizou a gordura que havia ganho para se manter no g4 e corre o risco de sair do seleto grupo, já nesta próxima rodada.

Existem, obviamente, múltiplos fatores que determinaram essa queda de rendimento, tais como o grau de dificuldade dos adversários, saídas de jogadores fundamentais como Robson e Rafael Lima e aspectos físicos/táticos específicos. Contudo, nenhum destes fatores foram tão cruciais quanto a queda de rendimento dos atletas protogonistas do elenco. Mostrarei isso em números, como já de costume.

Existem três categorias de atletas no elenco:

Os jogadores ruins, que estão na reserva ou que estão no 11 titular por erro na formatação do plantel pra esse 2019. São jogadores que falhavam na fase boa e continuam falhando na fase ruim. Ninguém espera nada de William Matheus, Romércio, Walison Maia, Natan, Vitor Carvalho, Thalison Kelven, Wellisol ou Tocantins.

Os carregadores de piano. São atletas que entregam boas atuações, estão jogando acima do que se esperava, ajudam quase sempre mas que não estão ali pra definir nosso futuro. Sabino, Diogo Matheus, Matheus Sales, Muralha, Thiago Lopes e Luizinho estão acima do que a maioria esperava em termos de números e desempenho. Jogaram bem na maior parte dos jogos, tanto na fase boa quanto na fase ruim.

Os protagonistas são aqueles que decidirão nosso acesso. São os atletas que têm mais mídia, ganham os melhores salários e apresentam maiores condições técnicas de decidir as partidas. E era isso que Rafinha, Rodrigão, Juan Alano e Giovanni faziam na fase boa e que não estão fazendo na atual fase ruim.

Os ruins falhavam e ainda falham, os médios jogam o que sempre jogavam, mas os protagonistas estão falhando em decidir as partidas.

Usando como base os dois quesitos que mais mudam o jogo – assistência e gol –, já percebemos uma queda substancial destes jogadores na comparação das duas fases.

Quando vamos mais a fundo e avaliamos as notas do sofascore, que avalia mais quesitos durante a partida, isso fica ainda mais nítido.

Rodrigão, na sequência positiva, tinha nota média de 7.4, fez 3 gols e deu 4 assistências. Na fase atual tem nota média de 6.85, fez apenas 1 gol e não deu mais assistência. A comparação é entre os 8 jogos na fase boa e 4 jogos na fase ruim.

Juan Alano na fase boa tinha nota média de 7.6, havia dado 2 assistências e feito 2 gols. Na fase atual tem nota média de 7.0, fez 1 gol e não deu mais assistências.

Rafinha caiu a média de 7,0 pra 6,4. Fez um gol em cada período e não deu assistências.

Giovanni é o único que apresentou aumento da média (de 6,7 pra 7.2) mas não conseguiu dar nenhuma assistência ou fez gol.

Estes jogadores precisam ser cobrados pela diretoria e departamento de futebol. Nosso acesso depende do bom rendimento deles e esse desempenho, abaixo do esperado, precisa melhorar urgentemente. Precisa-se entender se há algum tipo de relaxamento, insatisfação ou problema. Tudo isso precisa ser corrigido imediatamente.

Se os protagonistas deste elenco não entregarem o que podem, o acesso do Coritiba corre sérios riscos. Porque os ruins continuarão falhando e os médios não tem poder de decisão que é preciso para colocar o Coxa na Série A.

#PorKrüger

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