Opinião
O sopro de Dirceu Krüger
Eu não sei qual é a sua religião, mas tenho certeza que em algum momento você já apelou para a fé em um jogo do Coritiba. Sabe aquelas coisas de torcedor, né? Cruzar os dedos, rezar, colocar a meia da sorte ou até mesmo “amaldiçoar” a bola de em um escanteio ou falta do adversário.
Já passavam dos 30 minutos do segundo tempo quando o Coritiba teve uma falta frontal para cobrar. Eu, num momento sozinho de fé e esperança olhei para os céus e pensei baixinho: “Krüger eu sei que você está aí olhando e nos abençoando, desvia a trajetória dessa bola, nos ajude, por favor! Só precisamos de um golzinho”. Diogo Matheus na bola, quase.
Dois minutos depois, nova falta para o Coritiba. Novamente pedi para Krüger, como se tivesse orando para Deus, para jogar aquela bola para dentro do gol: “foi por pouco a anterior seu Krüger, assopra essa bola só um pouquinho mais para o lado”. Giovanni correu para a bola. Rede. Gol do Coritiba. No mesmo lado da cobrança anterior, mas dessa vez… um pouquinho mais para o lado.
No momento de maior euforia da torcida, eu congelei. Por alguns segundos, antes de pular e abraçar meus amigos, tudo que eu consegui fazer foi agradecer a ele: “Obrigado, Dirceu Krüger!”. Eu tinha certeza que ele estava ali, correndo, jogando e torcendo junto com a gente.
Deixei o Couto Pereira ainda com a adrenalina no máximo e fui até a estátua do nosso maior ídolo agradecer novamente.
Hoje faz sete meses que Krüger nos deixou fisicamente, mas ele está e estará sempre com nós. Eu tenho certeza!
Por Cristian Simioni