Divulgação/Coritiba

Opinião

Quanto vale entrar pra história?

Quanto vale entrar pra história? Quanto vale nunca ser esquecido?

Kruger, Jairo, Cleber Arado se foram e já estavam na história, já tinham sido homenageados em vida, já eram ídolos. Renato estava em busca de nunca ser esquecido, acabara de ganhar 1 milhão de novos parentes, alguns muito cricas, outros muito puxa saco, afinal, é assim em qualquer grande família.

O sonho vinha sendo adiado há 10 anos e em dezembro de 2020 chegou de forma acolhedora: 75% dos votos. Eram 3570 sócios confiando e dando vida ao sonho de ser presidente do Coritiba. É óbvio e normal que, em um período eleitoral, nem todas ideias sejam compactuadas, foi assim e sempre será, mas a partir do momento que a eleição acaba, os 4 mil sócios votantes, a massa de mais de 1 milhão de torcedores, os funcionários e todos jogadores andem de mão dadas em uma só direção: a do Coxa forte. O sonho foi breve, menos de seis meses a doença que já abreviou sonhos de mais de 500 mil brasileiros, levou mais um. Levou o sonho do Renato Follador de ter o Clube bem estruturado, na série A e alcançando voos altos.

Renato leva embaixo do braço, onde quer que esteja, uma taça da base, a vice liderança da série B e alguns bons frutos plantados. O “Homem da Previdência” abdicou de viver sua aposentadoria para se dedicar ao nosso amado alviverde. Nós que ficamos, seguimos na missão de realizar o sonho do Renatinho, não será fácil, mas logo estaremos carregando esse time nos braços como foi em 2019 pelo Kruger. O preço de ficar pra história as vezes é alto demais. O preço de viver nesse país é superfaturado também. Seguimos. Fique em paz eterna, Follador. O seu nome está na história.