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Coritiba Rescinde Contrato com a Futebol Total: Entenda Todo o Caso

Na última segunda-feira, dia 20 de janeiro, o Coritiba Foot Ball Club realizou o despejo da empresa Futebol Total das instalações do estádio Couto Pereira, em razão da rescisão contratual. A Futebol Total, que era responsável pela venda de alimentos e bebidas no local há 20 anos, teve o contrato rescindido pelo Clube após uma série de problemas relacionados à segurança, normas sanitárias e infrações contratuais.

Fatores que levaram à rescisão

A relação entre o Coritiba e a Futebol Total passou a ser questionada a partir de incidentes graves que ocorreram nos últimos anos. Entre os fatores que mais pesaram para a rescisão do contrato estão:

  • Curto-circuito em 2022: durante o jogo contra o Fortaleza, no Couto Pereira, um curto-circuito causou o atraso da partida em 45 minutos. Um laudo técnico comprovou que cabos de baixa tensão foram perfurados por instalações indevidas, comprometendo a segurança do local.
  • Incêndio em fevereiro de 2024: um incêndio ocorrido na madrugada do dia 4 de fevereiro na Loja 205 foi provocado por um refrigerador instalado de forma inadequada. O aparelho estava ligado à voltagem errada, o que gerou o incêndio.
  • Problemas de segurança: a empresa foi notificada por conta de extintores vencidos e mal posicionados, além da obstrução de rotas de emergência por causa de instalações indevidas, como caixas de equipamentos em locais não autorizados.
  • Acessibilidade: a falta de adequação para pessoas com deficiência (PCD) nos pontos de venda foi outro fator que gerou insatisfação e contribuiu para o processo de rescisão.

Tentativas de resolução e o fim do contrato

A Empresa foi notificada por diversos pontos de desenquadramento regulamentar e contratual ao longo de 2024: Em maio de 2024, o Coritiba elaborou um plano de ação detalhado, exigindo que a Futebol Total tomasse medidas corretivas para continuar com o contrato. No entanto, a empresa não atendeu às solicitações e não cumpriu as normas estabelecidas pelo clube.

Em junho de 2024, o Coritiba decidiu pela rescisão contratual, notificando formalmente a Futebol Total em 25 de setembro. A empresa foi autorizada a operar por mais 60 dias, até o final do Campeonato Brasileiro de 2024, com o prazo final para desocupação do espaço sendo 25 de novembro do mesmo ano. A Futebol Total tentou, sem sucesso, obter uma liminar no dia 14 de novembro, decisão que foi rejeitada pelo poder judiciário.

Decisão do Judiciário emitida em novembro de 2024.


Como a empresa não devolveu o espaço no prazo estipulado, o Coritiba entrou com uma ação de despejo em 16 de dezembro, ação que, devido ao recesso judiciário, foi julgada apenas em 14 de janeiro de 2025. No dia 20 de janeiro, o oficial de justiça se dirigiu ao Couto Pereira para executar o despejo, retirando todos os pertences da Futebol Total das lojas do estádio. Esses itens foram guardados em um espaço do clube e poderão ser retirados pela empresa a qualquer momento.


Importante ressaltar que este processo ainda envolve ações liminares, e o cenário pode sofrer alterações dependendo das decisões judiciais futuras.

Condições precárias e limpeza intensiva

De acordo com testemunhas presentes durante a operação de despejo, as instalações estavam em condições precárias, com sujeira acumulada e ambientes que exigiram um trabalho intensivo das equipes de limpeza para deixar o local em condições adequadas.

Mudança de fornecedor: 360 A&B assume os serviços

O Clube desenvolveu uma área dedicada para cuidar dos bares e restaurantes do Estádio Couto Pereira, o modelo agora será de gestão própria com apoio de novos parceiros em determinadas atividades. Esse time tem experiência relevante no segmento em nível nacional.

O Coritiba agora conta com a 360 A&B, uma nova empresa contratada para prestar os serviços de venda de alimentos e bebidas no Couto Pereira. A nova prestadora de serviços possui um contrato fixo com o clube, além de comissão por metas alcançadas. A expectativa é que a 360 A&B consiga atender às exigências de segurança, higiene e acessibilidade que foram negligenciadas pela empresa anterior.

O Coritiba agora espera que, com a nova empresa, os problemas enfrentados no passado sejam resolvidos e que o estádio ofereça um ambiente mais seguro e eficiente para torcedores e colaboradores.